21 janeiro 2009

Claudio Willer à queima-roupa


[foto: Carol Mendonça]


1) O que é poesia para você?
Uma aventura. Um modo de expressar a imaginação. E de expressar a paixão. Uma operação sobre a linguagem. Uma experiência de liberdade, e também de possessão.

2) O que um iniciante no fazer poético deve perseguir e de que maneira?
Não deve perseguir nada - deve deixar acontecer. Mas é preciso ler poesia, e através da leitura, encontrar sua própria identidade literária.

3) Cite-nos 3 poetas e 3 textos referenciais para seu trabalho poético. Por que destas escolhas?
Só três? Federico García Lorca, Poeta em Nova York. Jorge de Lima, Invenção de Orfeu. André Breton, Union Libre (principalmente, e também o restante). Mais - Ginsberg de Uivo, Herberto Helder, Fernando Pessoa, Octavio Paz - tantos outros... Ampliaram minha percepção de poesia.



Claudio Willer é poeta, ensaísta e tradutor. Nasceu em São Paulo, em 1940. Publicações mais recentes, Estranhas Experiências, poesia (Lamparina, 2004); Volta, narrativa em prosa (Iluminuras, 1966, terceira edição em 2004); preparou Lautréamont - Os Cantos de Maldoror, Poesias e Cartas - Obra Completa (Iluminuras, nova edição em 2005) e Uivo, Kaddish e outros poemas de Allen Ginsberg (L&PM, 1984 e reedições, nova edição de bolso de 2005). Teve lançado Poemas para leer en voz alta, editorial Andrómeda, San Jose, Costa Rica, 2007 (tradução de Eva Schnell, posfácio de Floriano Martins) e uma série de ensaios sobre poesia surrealista na coletânea Surrealismo, Perspectiva, coleção Signos, 2008. É autor de outros livros de poesia e da coletânea Escritos de Antonin Artaud, esgotados. Consta em antologias e coletâneas, brasileiras e em outros países. Seus vínculos são com a criação literária mais rebelde e transgressiva, como aquela ligada ao surrealismo e à geração beat. Ocupou cargos públicos em administração cultural. Presidiu por vários mandatos a UBE, União Brasileira de Escritores. Deu inúmeras palestras, cursos e oficinas literárias. Doutor em Letras, DLCV-FFLCH-USP, tese de doutorado defendida e aprovada em março de 2008, com o título Um Obscuro Encanto: Gnose, Gnosticismo e a Poesia Moderna. Co-edita, com Floriano Martins, agulha, www.revista.agulha.nom.br. Mais em:
cjwiller@uol.com.br
www.secrel.com.br/jpoesia/cw.html
www.triplov.com/willer/index.html
www.tvcronopios.com.br/bitniks04/

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