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05 agosto 2011

  Melancolia

A criação de Homero.
A eloquência ágrafa
de Sócrates.
Os desenhos de Leonardo.
As suítes sublimes de Bach.
Os píncaros de Beethoven
e seus quartetos de cordas.
O spleen e seus poetas visionários.
A viagem babélica de Joyce.
Os múltiplos sentires de Pessoa.
O Grande Sertão de Guimarães.
O último filme de von Trier.
Não significam nada.

Neste instante
uma criança esquálida
morre de fome
aqui,
ou em algum canto ali
de nossa ressequida
África.


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