27 junho 2011

O que se passa?



Eduardo Galeano (Montevidéu, 3 de setembro de 1940) é jornalista e escritor uruguaio, autor de mais de quarenta livros, que já foram traduzidos em diversos idiomas. Suas obras transcendem gêneros ortodoxos, combinando ficção, jornalismo, análise política e História.

Na infância, Galeano tinha o sonho de se tornar um jogador de futebol; esse desejo é retratado em algumas de suas obras, como O futebol de sol a sombra (1995). Na adolescência, Galeano trabalhou em empregos nada usuais, como pintor de letreiros, mensageiro, datilógrafo e caixa de banco. Aos 14, vendeu sua primeira charge política para o jornal El Sol, do Partido Socialista.

Galeano iniciou sua carreira jornalística no início da década de 1960 como editor do Marcha, influente jornal semanal que tinha como contribuidores Mario Vargas Llosa e Mario Benedetti. Foi também editor do diário Época e editor-chefe do jornal universitário por dois anos. Em 1971 escreveu sua obra-prima As Veias Abertas da América Latina.

Em 1973, com o golpe militar do Uruguai, Galeano é preso e mais tarde forçado a se exilar na Argentina, onde lançou Crisis, uma revista sobre cultura. Em 1976, com o sangrento golpe militar liderado pelo general Jorge Videla, tem seu nome colocado na lista dos esquadrões de morte e, temendo por sua vida, exila-se na Espanha, onde deu início à trilogia Memória do Fogo. Em 1985, com a redemocratização de seu país, Galeano retornou a Montevidéu, onde vive até hoje.

A obra mais conhecida de Galeano é, sem dúvida, As Veias Abertas da América Latina. Nela, analisa a História da América Latina como um todo desde o período colonial até a contemporaneidade, argumentando contra o que considera como exploração econômica e política do povo latino-americano primeiro pela Europa e depois pelos Estados Unidos da América. O livro tornou-se um clássico entre os membros da esquerda latino-americana.

Em seu livro mais recente, Espelhos, o autor reconta episódios que a história oficial camuflou. Galeano se define como um escritor que remexe no lixão da história mundial.

Apesar da clara inspiração e relevância histórica de suas obras, Galeano nega o caráter meramente histórico destas, comentando que é "um autor obcecado com a lembrança, com a lembrança do passado da América e, sobretudo, da América Latina, uma terra intimamente condenada à amnésia".

Que tipo, hein?

[extraído e editado da Wikipedia]

14 junho 2011

Perguntas essenciais

Não me lembrava mais quem foi que me fez estas 7 perguntas abaixo. Mas, na web, tudo é tão rápido como um relâmpago, até a memória. A leitora, Adriana, prontamente evitou que eu cometesse uma gafe com o simpático Jovino Machado, de BH. Em todo caso, as perguntas me fizeram pensar bastante. Algumas mais do que outras. Mas, creio que um pouco de meu eu verdadeiro vazou e se sobrepôs à pretensão e à tagarelice.

Quem é Edson Cruz?

um ser
atônito feito um deus
absorto
em meu rosto
lágrimas de um mar
morto

O que é a vida ?

um enigma
uma jóia preciosa
como escreveu meu mestre
Daisaku Ikeda

O que é o amor ?

não ver a hora
de chegar em casa
abraçar a amada
e rodopiar com o pequeno Tom
e a dançarina Sophia

Faça 3 pedidos para o Gênio da Lâmpada do Aladim.

que a paz se instaure no mundo
que a humanidade possa merecê-la
e que eu viva longa e plenamente

O que você carrega dentro de você?

uma vontade imensa de acertar
fazer o bem
e ser feliz

10 coisas que gostaria de fazer antes de morrer.

uma produção poética de alto nível.
uma viagem à China com a Sophia Miki.
passar uma temporada em Paris com toda a família e pompa.
gravar um CD com minhas composições.
uma biografia romanceada de Daisaku Ikeda.
conhecer o mestre pessoalmente.
morar um tempo à beira-mar.
construir uma casa incrível em um lugar incrível.
construir outra casa incrível para receber as pessoas que queiram conhecer o incrível caminho da revolução humana.
disseminar a compreensão de que todos podemos vencer os sofrimentos do nascimento, envelhecimento, doença e morte.

Como gostaria de morrer?

lúcido, sem dores, rodeado de pessoas queridas e incentivando-as a viver plenamente até o ultimo instante.

10 junho 2011

Meu samba, aqui.






















Nada como uma boa notícia para espantar o banzo destes dias à espera da Musa Rara e do provável chapéu dado pelo programador.

Acabo de receber a capa e o miolo de meu próximo livro. O projeto gráfico ficou matador. O título do livro é quase o do blogue. Quase. O conceito, Sambaqui, palavra sonora derivada do tupi (ta’mba, sa’mba = concha + qui = amontoado), foi muito bem captado e realizado pelo designer gráfico, Bruno Brum, em fotos tiradas por ele e por Milton Fernandes pelas ruas de Belo Horizonte. O resultado será lançado no mercado (esse deus que nos devora a todos) em meados de agosto/início de setembro. Ou até antes, pois estamos adiantados no processo.

O livro foi contemplado com a Bolsa de Criação Literária, dada pela Petrobras, há dois anos. A editora foi um toque espertíssimo do poeta mineiro Ricardo Aleixo, a Crisálida Editora de BH, que também editou seu livro Modelos Vivos.  Quando três poetas negrões (Aleixo, Ronald Augusto e eu) sentam pra tomar cerveja escura, só pode sair coisa boa. Sair um pouco do eixo Rio-São Paulo de produção de bens culturais.

Um poema do livro:


a impossibilidade do silêncio

sem linguagem nada se mostra
ao ser.
ao calar-se, Wittgenstein falou
com a eloquência rara
dos tagarelas
das paisagens sem vento.
o silêncio só é
possível na morte.
mesmo assim ele ulula
cão sem dono
entregue à própria sorte.

 


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