31 julho 2011

Noite Indiana no Centro Cultural Vergueiro




13 de agosto de 2011

Sábado
das 19h às 20h30
Sala Adoniran Barbosa
entrada franca


Poesia dos 4 Cantos é uma atividade mensal dedicada à divulgação da poesia internacional, num formato que inclui a leitura de poemas na língua original e em tradução, com danças e músicas típicas de cada país, nos intervalos das leituras. No mês de agosto teremos uma Noite Indiana com a participação do poeta Edson Cruz, dos músicos Marcus Santurys e Edgar Silva, do Grupo Natyalaya, com Iara Ananda Romano, Saphyra da Escola de Danças e da VJ Scaringi (projeção). A biblioteca do Centro Cultural São Paulo também realiza nesta semana uma exposição temática de livros de literatura indiana, que poderão ser consultados ou retirados pelos interessados.


Ficha técnica:

Coordenação e leituras: Edson Cruz, poeta e editor
Música: Marcus Santurys (sitarista) e Edgar Silva (tablas indianas)
Dança: Grupo Natyalaya: Iara Ananda Romano
Saphyra Escola de Danças: Saphyra
VJ: Scaringi


A tradição literária indiana é principalmente poética e essencialmente oral. Além disso, é necessário ressaltar que a literatura indiana, assim como toda a cultura indiana, foi sendo construída de forma híbrida, resultante de suas tradições internas, do sânscrito, dos textos budistas e jainistas escritos em pali, dos dialetos medievais e, posteriormente, das influências externas exercidas pelos povos colonizadores e alóctones. As obras literárias mais antigas da Índia são os Vedas, conjunto de textos religiosos escritos em sânscrito, que remontam a 2.000 a. C. As grandes epopéias, o Mahabharata, de Vyasa, o Ramáyana, de Valmiki e as narrativas mitológicas, ou Puranas, datam dos séculos VI a.C. a IV d.C. Na dinastia Gupta, floresceram a poesia e o teatro clássico; a esse período pertence o Kama-sutra. Além do sânscrito, usado nas obras hindus e budistas, a literatura indiana fez uso dos dialetos urdu, bengali, tamil, entre outros. No século XVI, sob domínio muçulmano, atuou o poeta sufi Kabir (1440-1518). Após a conquista britânica, a Índia se abriu à influência ocidental. Nos dois últimos séculos, a literatura indiana foi registrada nas principais quinze línguas do país, incluindo o inglês e o bengali, esta última oferecendo uma das literaturas mais ricas da India. Dos autores modernos, destacam-se Madhusudan (1824-1873) e Rabindranath Tagore (1861-1941), que recebeu o Prêmio Nobel em 1913. Dos autores mais recentes, convém citar V. S. Naipul (1932) e Rushdie (1947). É um pouco da diversidade e riqueza dessa literatura de tantos matizes que nos propusemos a mostrar nesta Noite Indiana, embalados por suas músicas recheadas de microtons e de suas danças de movimentos sutis e delicados.

18 julho 2011

Corsário e Augusto de Campos no B_arco



O lançamento da Revista Corsário, no Espaço Cultural B_arco foi incrível. A mesa, que já era seleta, foi contemplada com a presença do "Avatar", Augusto de Campos, como brincou o poeta Claudio Willer em sua fala inicial. Augusto não se fez rogado. Quando brinquei dizendo que ele não precisava ser apresentado, pediu a palavra e agradeceu a iniciativa da Revista Corsário e de seus editores Mardônio França e Katiusha de Moraes - que compôs a mesa.

Com sua presença ali, o próprio "São João Batista" da literatura cibernética (como foi designado na capa da revista), foi inevitável que todos se referissem a ele, as suas contribuições e ao movimento da poesia concreta e as relações com o que vemos hoje na cibercultura e webliteratura.

Claudio Willer mencionou em sua fala uma certa postura messiânica apresentada pelos concretos em seus momentos iniciais. Seguindo a ordem da mesa, Augusto foi o último a falar e rebateu com elegância a ironia dizendo que eles eram jovens que apanharam muito naquele momento e precisavam se impor, marcar uma posição diferencial ao que se via na época.

Alguns trechos dessa fala foram captadas pelo celular do poeta recifense, Thiago.

Logo, disponibilizaremos mais...


[Edson, C. Willer, Luis, Lucia Santaella, Mardônio França, Ademir Assunção e Augusto de Campos - by Katiusha de Moraes]

[Edson Cruz, Antonio Vicente Pietroforte, Claudio Willer, Katiusha de Moraes, Lucia Santaella, Ademir Assunção e Augusto de Campos - by Mardônio França]

                          [Edson Cruz, Antonio Vicente Pietroforte e Claudio Willer - by Mardônio França]

[Edson Cruz, Claudio Willer, Katiusha de Moraes, Lucia Santaella e Ademir Assunção - by Mardônio França]




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11 julho 2011

Lançamento e Debate no B_arco



                                                           16/07, sábado, 16h

Lançamento da REVISTA CORSÁRIO

Debate: As revistas literárias em época de cibercultura, literatura miscigenada de signos e simbiose semiótica

Debatedores: Lucia Santaella (professora, pesquisadora e especialista em Semiótica), Antonio Vicente Pietroforte (poeta, professor e editor), Ademir Assunção (poeta e coeditor da revista Coyote), Claudio Willer (poeta e ex-coeditor da revista Agulha) e Katiusha de Moraes (poeta, produtora cultural e redatora-chefe da Corsário).

Mediador: Edson Cruz (poeta, coeditor da Revista Mnemozine, ex-editor e fundador do Cronópios)

Apresentador da Revista Corsário: Mardônio França


Sobre os participantes:

Ademir Assunção é poeta, letrista de música e jornalista. Publicou LSD Nô, Zona Branca, Adorável Criatura Frankenstein e A Musa Chapada (em parceria com Antonio Vicente Pietroforte e Carlos Carah), entre outros. Tem poemas musicados e gravados por Itamar Assumpção, Edvaldo Santana, Madan e Ney Matogrosso. É um dos editores da revista literária Coyote.

Antonio Vicente Seraphim Pietroforte é formado em Português e Lingüística pela USP, professor livre-docente do Departamento de Lingüística da mesma Faculdade nos cursos de graduação em Letras e no curso de pós-graduação em Semiótica e Lingüística Geral. Possui vários títulos publicados na área acadêmica e na literária. Entre eles: Tópicos de semiótica – modelos teóricos e aplicações (1ª ed, Annablume, 2008); O discurso da poesia concreta – uma abordagem semiótica (1ª ed, Fapesp-Annablume, 2011). O retrato do artista enquanto foge (poesias, DIX,2007); Amsterdã SM (romance, DIX, 2007); M(ai)S - antologia SadoMasoquista da Literatura Brasileira (prosa e poesia, DIX, 2008), organizada em parceria com o escritor Glauco Mattoso. O livro das músicas (poesias, [e] editorial, 2010); Sara sob céu escuro (romance, [e] editorial, 2011).

Claudio Willer é poeta, ensaísta e tradutor. Publicou Um obscuro encanto: gnose, gnosticismo e poesia, ensaio (Civilização Brasileira, 2010); Geração Beat (L&PM Pocket, coleção Encyclopaedia, 2009); Estranhas Experiências, poesia (Lamparina, 2004); Volta, narrativa (terceira edição em 2004); Lautréamont - Os Cantos de Maldoror, Poesias e Cartas (Iluminuras, nova edição em 2008) e Uivo e outros poemas de Allen Ginsberg (L&PM Pocket, nova edição em 2010). Teve publicados, também, Poemas para leer en voz alta (Andrómeda, Costa Rica, 2007) e ensaios na coletânea Surrealismo (Perspectiva, 2008). É autor de outros livros de poesia – Anotações para um Apocalipse, Dias Circulares e Jardins da Provocação – e da coletânea Escritos de Antonin Artaud, esgotados. Doutor em Letras na USP com Um obscuro encanto: gnose, gnosticismo e a poesia moderna (2008), faz pós-doutorado sobre Religiões Estranhas, Hermetismo e Poesia na USP. Foi coeditor da revista literária on-line Agulha.

Edson Cruz (Ilhéus, BA) é poeta, editor e revisor publicitário. Foi fundador e editor do site de literatura Cronópios (até meados de 2009) e da revista literária Mnemozine. Em 2007, lançou Sortilégio (poesia), pelo selo Demônio Negro/Annablume e, como organizador, O que é poesia?, pela Confraria do Vento/Calibán. Lançou, também, uma adaptação do épico indiano, Mahâbhârata, pela Paulinas Editora. Em 2011, lança seu poemário Sambaqui, pela Crisálida Editora. É professor no Curso Prática de Criação Literária da UnicSul/Terracota Editora, no Módulo Poema.  E-mail: sonartes@gmail.com Blogue: http://sambaquis.blogspot.com

Katiusha de Moraes é poeta, advogada, produtora cultural, mestranda em Linguística (UFC). Atualmente, é diretora executiva da Fotossíntese:. arte:.comunicação, redatora-chefe e produtora da Revista Corsário. Em 2009, publicou o livro de poesias Fábrica de Asas (Editora Corsário).

Lucia Santaella é professora titular do programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP, onde dirige o Centro de Investigação em Mídias Digitais e também coordena a Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital e o Centro de Estudos Peirceanos.  É doutora em Teoria Literária na PUC-SP e possui também Livre-Docência em Ciências da Comunicação na ECA/USP. Santaella é ainda pesquisadora do CNPq e coordenadora do lado brasileiro do projeto de pesquisa Probral (Brasil-Alemanha) sobre relações entre palavra e imagem nas mídias. A pesquisadora já publicou 30 livros, sendo cinco em co-autoria, e organizou a edição de outros 11 livros. Santaella também já escreveu aproximadamente 300 artigos, que foram publicados em periódicos científicos no Brasil e no Exterior. Recebeu os prêmios Jabuti (2002 e 2009), o prêmio Sérgio Motta (Líber, 2005) e o prêmio Luiz Beltrão (2010). Alguns de seus livros são: Convergências: Poesia Concreta e Tropicalismo, Nobel, 1986; Culturas e artes do pós-humano. Da cultura das mídias à Cibercultura, Paulus, 2003; Comunicação & Semiótica (em coautoria com Winfried Noth), Hacker, 2004; Por que as comunicações e as artes estão convergindo, Paulus, 2005; entre outros.

Mardônio França é poeta multimeios e editor-responsável da revista Corsário.



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