Aquelas águas-vivas
envolvidas em algas e sargaços
brilhavam na areia da praia
feito diamantes não lapidados.
Traziam a memória de um tempo
sem começo.
Uma infância irrealizada
entre as praias e a brisa
de Ilhéus.
Um menino arrancado
de seu berço de sal e sol
atirado sem dó,
sem nota
qualquer
no abraço concreto
das noites do sul.
Um cacau tomado
pelo fungo.
O exílio em outras terras
do sem fim.