10 junho 2011

Meu samba, aqui.






















Nada como uma boa notícia para espantar o banzo destes dias à espera da Musa Rara e do provável chapéu dado pelo programador.

Acabo de receber a capa e o miolo de meu próximo livro. O projeto gráfico ficou matador. O título do livro é quase o do blogue. Quase. O conceito, Sambaqui, palavra sonora derivada do tupi (ta’mba, sa’mba = concha + qui = amontoado), foi muito bem captado e realizado pelo designer gráfico, Bruno Brum, em fotos tiradas por ele e por Milton Fernandes pelas ruas de Belo Horizonte. O resultado será lançado no mercado (esse deus que nos devora a todos) em meados de agosto/início de setembro. Ou até antes, pois estamos adiantados no processo.

O livro foi contemplado com a Bolsa de Criação Literária, dada pela Petrobras, há dois anos. A editora foi um toque espertíssimo do poeta mineiro Ricardo Aleixo, a Crisálida Editora de BH, que também editou seu livro Modelos Vivos.  Quando três poetas negrões (Aleixo, Ronald Augusto e eu) sentam pra tomar cerveja escura, só pode sair coisa boa. Sair um pouco do eixo Rio-São Paulo de produção de bens culturais.

Um poema do livro:


a impossibilidade do silêncio

sem linguagem nada se mostra
ao ser.
ao calar-se, Wittgenstein falou
com a eloquência rara
dos tagarelas
das paisagens sem vento.
o silêncio só é
possível na morte.
mesmo assim ele ulula
cão sem dono
entregue à própria sorte.

 


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5 comentários:

  1. Querido, Edson, parabéns por esse SAMBA!

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  2. legal o epiteto dos 3 poetas à mesa bebemorando com escurinhas geladas. rsrsr

    valeu, edson.

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  3. notícia boa, Edson! ;)
    belo poema!
    beijo

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  4. Eba! mais um pra gente se deliciar!
    Mantenha-nos informados!

    Abs

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  5. mano edson, tudo blza?
    grande notícia essa do teu livro.
    a capa tá lindona, mesmo!
    tamos à espera tb da musa rara.
    abbracci

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