05 outubro 2020

VASSOURA-DE-BRUXA

 




 






Aquelas águas-vivas

envolvidas em algas e sargaços

brilhavam na areia da praia

feito diamantes não lapidados.

 

Traziam a memória de um tempo

sem começo.

Uma infância irrealizada

entre as praias e a brisa

de Ilhéus.

 

Um menino arrancado

de seu berço de sal e sol

atirado sem dó,

           sem nota

qualquer

no abraço concreto

das noites do sul.

 

Um cacau tomado

pelo fungo.

 

O exílio em outras terras

do sem fim.

 

 

 




 


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