20 abril 2008
O jogo da vida
não adianta, tempo
tu não gozarás de minha velhice
tuas construções erigidas sobre nossas cabeças
não me surpreendem, não estranham
apenas revelam o quanto tu és antigo
o quanto é breve a parte que me cabe
não me importo com o passado
a mim, interessa o presente
matriz de tudo que há de vir
desafio-te como um dia o fez o bardo
pois tuas lendas, livros e tudo o que vemos
são aparência e revelam o quão imperfeito és
serei lento, único e delicado artesão
tecerei uma obra que te anulará com um sopro
algo de mim continuará e permanecerá
zombando de ti e de tua afiada foice
[frame de "O Sétimo Selo", de Ingmar Bergman]
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Belo site, Edson, muito bom, vc tem futuro e o futuro tem vc com sambaquis e alis. Vê se dá pra linkar meus blogues no seu...
ResponderExcluirSilas Correa Leite
www.portas-lapsos.zip.net
www.campodetrigocomcorvos.zip.net
Olá Edson, o jogo da vida submete-se ao tabuleiro do tempo, mesmo que não queira... Ainda bem que sempre existe uma saída, quando abre-se a janela da poesia. Lindo poema! Abraços.
ResponderExcluirCoragem a sua essa de desafiar o tempo! Mas é de coragem em coragem que se vai longe.
ResponderExcluirNo mais, tem um link deste blog lá no PPC!
Sambaquis e lá também.
Um abraço!
Hello. This post is likeable, and your blog is very interesting, congratulations :-). I will add in my blogroll =). If possible gives a last there on my blog, it is about the Massagem, I hope you enjoy. The address is http://massagem-brasil.blogspot.com. A hug.
ResponderExcluirbelo poema, Edson! Imagem perfeita!
ResponderExcluir