07 julho 2010

A importância das revistas literárias em papel

Há quem acredite serem as revistas literárias tão importantes quanto as obras-primas de uma determinada literatura. Se isso for verdade, é mais do que oportuno pensar e questionar o papel das mesmas no contexto de nossa literatura através da história, e mais ainda, a sua importância na literatura contemporânea.
As revistas, pelo que podemos observar, sempre foram um pólo aglutinador de criadores e pensadores das questões que permeavam a produção e a recepção das obras literárias. Quase todo grande movimento literário digno de nota gerou, e nas primeiras horas sustentou-se numa revista que lhe servia de porta-voz e por meio da qual se articulavam manifestos, poemas, contos, ensaios críticos no calor da hora, fragmentos de romances, etc.

Não haverá como, nesta pequena introdução à questão, analisar os vários períodos históricos de nossa literatura tupiniquim e suas respectivas publicações de luta e afirmação [como vem fazendo de forma sistemática o Luiz Ruffato no jornal Rascunho. Confira]. Basta lembrarmos que o modernismo brasileiro seria impensável sem as publicações das revistas Klaxon (1922-1923); Revista Verde (1928); Revista de Antropofagia (1928-1929); Festa (1927-1929 e 1934-1935); e, mais recentemente, fundamentando o plano piloto do movimento de poesia concreta, as revistas Noigandres (1952-1958) e a Invenção (1962-1964).



Convém ressaltar que estas revistas tinham um engajamento quase que “romântico”, no sentido de que eram feitas na “raça” e “às próprias custas”, sem o benefício das leis de incentivo e de verbas governamentais que hoje custeam grande parte das revistas literárias que conseguem se manter por mais de um ano.

O que gostaríamos de avaliar, nesta reflexão, é como se dá o funcionamento das revistas literárias contemporâneas tendo em vista a imbricação triádica complexa que são as relações entre o autor, a obra e o público?

Por uma questão de foco, centrei-me em duas revistas contemporâneas que são aparentemente distantes uma da outra, tanto em seu projeto editorial e gráfico, quanto em seu posicionamento geopolítico e estético. Digo aparentemente, pois não estou certo de que seus projetos sejam tão díspares assim, mas através delas me foi possível refletir sobre algumas questões.

Falo da revista carioca “Inimigo Rumor” e da cearense “Arraia Pajéurbe” [as duas haviam morrido, mas parece que irão ressuscitar].

As revistas literárias, a meu ver, são um campo privilegiado para a reflexão do fazer literário, no sentido de que - a margem do mercado – podem (e normalmente o fazem) abrir espaço para novos poetas, e para os já estabelecidos, mostrarem seus trabalhos e avaliarem a sua receptividade, pois como disse Valéry, “o homem dificilmente está sozinho”, e de alguma forma estará sempre “mais ou menos consciente do efeito que será produzido” pela sua obra no público leitor ou “consumidor”, para adotarmos a designação emprestada da Economia por Valéry.

Dizem por aí que “há um público cada vez menor de leitores de poesia”. Se há dúvidas de que esta assertiva seja correta, o que nos parece mais evidente é que as editoras bem estabelecidas publicam cada vez menos poesia. O que poderia nos levar a concluir (creio que erroneamente) que há um desinteresse pela produção poética por parte do grande público. Erroneamente, penso eu, pois os autores já estabelecidos pela ‘tradição’ ou pela academia, ou pela crítica literária, continuam a serem reeditados, lidos, comentados, revisados. “Afortunados”, diria eu.

Ou seja, há sim um público leitor de poesia. O que não há é um público de leitores da poesia que se está fazendo hoje com toda a diversidade de dicções e motivações apresentadas.

Passado o momento heróico do estabelecimento do plano piloto da poesia concreta, onde buscava-se “novas condições para novas estruturações da linguagem” chegando-se ao que foi denominado pelos seus engendradores como uma conquista da relação dos “elementos verbivocovisuais”, no dizer de Décio Pignatari, e passado também seu momento de diluição na prática dos novos criadores influenciados por este programa importantíssimo, o que se observa nas revistas contemporâneas mencionadas (entre tantas outras) é a retomada e a eleição do verso como forma predominante da construção poética. De maneira geral, o verso livre -devemos ressaltar -, mas ainda assim o verso.

Ou seja, tal adoção de procedimentos demonstra que o projeto concretista, embora seja notória sua presença e influência na propaganda, na paginação das revistas e de jornais, nas diagramações dos livros, nos ‘slogans’ da TV, veio mais para sanear e “higienizar” as práticas literárias que eram feitas até então, colocando outras idéias e autores em discussão, do que para estabelecer-se como uma nova forma a ser adotada a partir de então. Algo que não foi mantido nem pelos seus próprios criadores.

Porém, temos que concordar com Augusto de Campos em sua introdução à 1ª edição da Teoria da poesia concreta, quando diz:

“O movimento de poesia concreta alterou profundamente o contexto da poesia brasileira. Pôs idéias e autores em circulação. Procedeu a revisões do nosso passado literário. Colocou problemas e propôs opções.
No plano nacional, retomou o diálogo com 22, interrompido por uma contra-reforma convencionalizante e floral. Surgiu com um projeto geral de nova informação estética, inscrito em cheio no horizonte de nossa civilização técnica, situado em nosso tempo, humana e vivencialmente presente. Ofereceu, pela primeira vez, uma totalização crítica da experiência poética estante, armando-se de uma visada e de um propósito coletivos. Enfrentou a questão participante, mostrando que alistamento não significa alienação dos problemas da criação, que conteúdo ideológico revolucionário só redunda em poesia válida quando é veiculado sob forma também revolucionária. Pensou o nacional não em termos exóticos, mas em dimensão crítica.”[1]

Em outras palavras, o movimento concretista nos educou a todos. Mesmo os que se posicionaram diferentemente ou reativamente, adotando outras práticas ou “práxis”, tiveram que, de certa forma, perder a ingenuidade e colocar-se com mais consciência, historicidade e criticidade em seu fazer poético.

Antes de mostrarmos o “plano piloto” das duas publicações em questão, vale citar as reflexões feitas no ‘calor do momento’ em que vivemos, por Nelson de Oliveira em seu livro de 2003, Verdades provisórias. Ao analisar as revistas literárias atuais, em relação às de nosso passado próximo, ele se ressente de um excesso de crítica e ensaios, em detrimento da “criação” propriamente dita.

“A julgar pelo que se vê hoje em dia, a função de uma publicação literária qualquer é basicamente a de criticar e avaliar a produção poética e ficcional. Criticar e avaliar — mais do que apresentar amostras desta produção: contos, poemas, trechos de romance etc.”

Em outro momento ele analisa:

“Dá-se no Brasil do pós-Segunda Guerra o momento áureo das revistas literárias, que durou mais ou menos trinta anos e ocorreu lado a lado com o auge do modernismo tardio tanto na prosa quanto na poesia. Coincidência? Momentos de pico da criatividade literária viriam necessariamente acompanhados de boas publicações críticas, destinadas ao amplo público? Ou uma coisa não tem nada a ver com a outra? Tendo a acatar esta segunda opção: a homologia não é obrigatória. Grandes críticos literários — e grandes publicações literárias — podem existir mesmo quando não há nenhum grande escritor em atividade, e vice-versa. Como disse Anelito de Oliveira, editor do Suplemento Literário de Minas Gerais, resumindo a questão: “Ausência de literatura é notícia tanto quanto presença de literatura”. § A crítica literária está vivendo, no Brasil, um momento relativamente esquizofrênico. Por um lado, muitos escritores estreantes — entre eles o pernambucano Marcelino Freire, o gaúcho Altair Martins, o carioca Carlito Azevedo e o mineiro Fabrício Marques — têm sido recebidos com salva de palmas por resenhistas e leitores de todos os níveis, dentro e fora das redações, dentro e fora das universidades. Por outro lado, até agora não surgiu ninguém disposto a fazer o balanço do que foi, por exemplo, a literatura brasileira na última década, muito menos uma voz que reunisse e resumisse todas essas salvas de palmas numa fórmula matemática clara, cuja decodificação provasse por A mais B que a literatura brasileira recente vai de vento em popa. O que se ouve, da parte da crítica, é o veredito mais ou menos unânime de que a literatura brasileira nunca esteve tão ruim das pernas. Noutras palavras, continua sendo consensual a afirmação de que depois da geração de prosadores que estourou na década de 70 e dos poetas da geração do mimeógrafo, nada de muito instigante tem acontecido nas letras produzidas neste torrão do Ocidente. Se torcermos um pouco o rumo da discussão, daremos de cara com a seguinte pergunta: E quanto às revistas literárias?”

Nelson segue sua análise da importância das revistas literárias para a literatura, concluindo melancolicamente:

“De tudo isso, o que parece ficar é a esquizofrenia mencionada no início deste artigo. Vencida a péssima fase econômica dos anos 80, a quantidade de publicações especializadas cresce a cada dia. É prematuro ser categórico quanto a isso, mas tudo indica que o tempo da hegemonia da criação, nas grandes publicações literárias, parece que já passou. Até na Internet, onde proliferam as páginas de jovens prosadores e poetas ávidos por mostrar seu trabalho, o número de páginas destinadas à resenha e ao ensaio não é nem um pouco desprezível. Agora é a hora da crítica nas publicações de grande circulação, que estão levando ao pequeno Brasil que as consome ensaios de veteranos como João Alexandre Barbosa e Ivan Teixeira, e da nova geração de críticos, composta por nomes como José Castello e Miguel Sanches Neto.”

Se o que diz Nelson de Oliveira for verdade, encontraremos nas revistas mais textos analíticos e críticos do que a produção dos autores contemporâneos, desconhecidos ou não.
Sua análise certamente é verdadeira em relação às quase inexistentes revistas “literárias” de grande circulação, aquelas que foram encampadas por editoras e vendem em bancas de jornais com distribuição nacional. Se o modelo a ser questionado, então, for o da “Cult” ou da “Bravo” seu raciocínio é totalmente verdadeiro, pois estas revistas dedicam ínfimas páginas à criação.

Seu raciocínio, porém, não é verdadeiro se nos debruçarmos sobre as revistas literárias de circulação e tiragem restrita: as chamadas “nanicas”. Mesmo no caso daquelas que possuem uma boa distribuição garantida (ou mesmo a edição, como se dá com a Inimigo Rumor) por editoras estabelecidas, não é isso que observamos em suas páginas.

No caso das duas revistas que escolhemos para cotejar, a porcentagem de ensaios e de crítica é muito inferior a porcentagem de criação, seja ela poesia, prosa ficcional, “poema em prosa” (que por sinal teve uma edição especialmente dedicada a esta forma criativa, na revista Inimigo Rumor de nº 14), ou mesmo a fotografia que permeia e dialoga o tempo todo nas edições da revista Arraia Pajéurbe.

No começo de meus questionamentos ressaltei a possível disparidade entre estas duas publicações: a carioca Inimigo Rumor e a cearense Arraia Pajéurbe. Ao nos depararmos com as duas revistas essa possível disparidade salta aos olhos devido, inicialmente, ao projeto gráfico tão diferenciado de ambas.

A Inimigo Rumor, que nasceu em 1997 e estacionou no número 20, tem seu projeto gráfico mais associado (até onde tive acesso aos números mais antigos) ao formato livro. Desde o começo, seu projeto já estava ligado a editora 7Letras. A partir do momento que foi encampada, também, pela editora Cosac & Naify, o seu ‘anseio em se tornar um livro’ (vamos colocar desta forma) tornou-se visualmente mais explícito. Seu formato brochura ganhou uma capa dura, a qualidade do papel melhorou e ampliou sua distribuição, chegando a ter uma edição em Portugal que não coincide integralmente com a edição brasileira.

Poderíamos deduzir desta escolha do formato livro, embora se intitulando de revista, uma busca de receptividade mais específica nas camadas leitoras que atribuem um maior “valor” a este formato, em detrimento do formato revista (aquele que é passível de se encontrar em bancas de jornais) que traria consigo, por adequação semântica e estética, um “valor” menos nobre, atribuído também ao conteúdo que o formato abraça.

Em sua edição de nº 16, comemorativa de oito anos de existência, ressalta-se em seu editorial o fato de ter-se mantido fiel, neste tempo todo, às propostas iniciais de seu projeto, a saber:



1) “Abrir espaço para os poetas estreantes” (ou seja, estreantes recém publicados em primeiro livro, ou nunca publicados). A revista durante seus anos de existência publicou mais de cinquenta poetas estreantes.
2) “Divulgar material inédito de poetas e ensaístas brasileiros já estabelecidos” (neste quesito a revista confessa ter assumido “sem qualquer estardalhaço teórico ou qualquer sentimento de culpa, a herança modernista recente, incorporando os poetas concretos, os marginais dos anos 70 (Francisco Alvim, Zuca Sardan, Ana Cristina César, Eudoro Augusto e Cacaso, em especial), além de autores independentes como Ferreira Gullar e Sebastião Uchoa Leite”.)

3) “Disponibilizar poemas e ensaios estrangeiros que aumentem nosso repertório de poesia e crítica em português”.

A proposta consistiria em provocar “turbulências” na “pacificada produção poética brasileira” com o contato/atrito com experiências poéticas estrangeiras.

Neste aspecto, em nenhum momento a revista explicita quais, e de que tipo, seriam estas experiências poéticas estrangeiras. E deixa claro que, num tempo em que, segundo ela, estaríamos distantes “da era das vanguardas e seu dogmatismo doutrinário”, pretende com o amplo espectro de vozes que abriga, manter o “poder de impacto” que seria característico das revistas literárias.

Me parece, nesta questão, que o grande “poder de impacto” das revistas literárias do passado era, mais do que possibilitar um amplo espectro de vozes, conseguir alinhar em suas fileiras vozes afinadas a um projeto estético claro e definido. Neste sentido, as revistas atuais – e isso vale para as duas cotejadas para este texto – seriam somente uma antologia de vozes sem dicção e projeto estético definido.

Por outro lado, a Inimigo Rumor, de maneira geral, cumpre bem o que se propôs. É inegável a amplitude e a qualidade dos textos que abrigou (e abriga) em suas edições. De Glauco Mattoso a Jacques Roubaud, passando pelos concretistas, pelos já citados herdeiros modernistas (o que precisaria ser mais aprofundado e esclarecido, mas que não conseguirei fazer aqui), até aos poetas contemporâneos franceses, argentinos e espanhóis. Em duas edições, pelo menos, a revista disponibilizou, em formato menor e anexo, livros na íntegra de autores não editados ainda por aqui: Tamara Kamenszain, poeta argentina e Leopoldo María Panero, poeta espanhol.

Suas edições, sem dúvida, contribuem para aumentar nosso repertório poético contemporâneo, o que, talvez, seja algo por demais importante de ser feito neste momento chamado por muitos de pós-modernista e pós-utópico.

Já a revista cearense Arraia Pajéurbe, com apenas três números editados, e ainda desconhecida do público consumidor de poesia e de projetos literários veiculados pelas revistas, explicita a intenção de seu projeto editorial (seu plano piloto) da seguinte forma:

“Os artistas brasileiros, os escritores brasileiros, seus poetas de todos os âmbitos e artes estamos mesmo aparentemente por baixo. Fomos postos para fora do proscênio, da assembléia dita democrática. Mas queremos é mesmo estar fora do círculo pois saltamos, com esta revista, dessa geometria. Estamos fora de todos os lados, da esquerda, da direita, do centro e de suas mais que maquiavélicas misturas. Estamos resolutamente de fora. ... Precisamos, portanto, emanar o ímpeto do sonho, fazê-lo matéria e matérias do espírito. Reportagens poéticas, sutis curvaturas de sentido, a foto de ângulo impossível: rediagramar as páginas e as coisas. Transmitir o que está acontecendo e fazer aquilo que não ia acontecer, acontecer no delírio prático da arte. Criticar a ausência e o afastamento da mídia, geral, imposto, tiranizante de toda a literatura, arte e cultura brasileiras. Abrir uma nova fronteira a partir de Fortaleza, Ceará, Nordeste, Brasil, América Latina. De forma nenhuma aderir aos já totalmente desmoralizados padrões e conteúdos da arte, da literatura que se julga dominante. ...”

O projeto foi levado a sério, diria que, quase até as últimas consequências. Embora seja uma revista notoriamente de literatura, abriu-se para outras artes, principalmente a fotografia e a elaboração gráfica.

A partir de um formato cheio de arestas, triangular, a simular uma vela de Mucuripe, torna-se efetivamente uma revista-objeto, com toda materialidade explicitada, da qual não sabemos direito nem como abri-la, muito menos por onde começar a lê-la. 

A diagramação inusitada de suas páginas, aliada a profusão de cores e os ângulos improváveis de suas fotos, tornam a leitura dos textos um exercício de superação, como se o tempo todo ela nos dissesse: “se você acha a leitura de poesia difícil, vamos ver como você se vira agora”.

Em alguns momentos, a meu ver, aquela “estrutura” buscada no plano piloto da poesia concreta se revela, como a apreensão de um ideograma. No processo de composição das páginas, as várias coisas, imagens, textos, reunidos, não produzem uma terceira ou quarta coisa, mas sugerem uma relação fundamental entre elas: o caos magnífico. Aquele tipo de caos, citado por Niestzche, onde podemos perceber uma ‘estrela cintilante’.

É um projeto de exuberância neobarroca (para usar uma palavra do momento), onde as “noções tradicionais de princípio-meio-fim, silogismo” tendem a desaparecer e são superadas por uma outra organização, como queria a poesia concreta, “poético-gestaltiana”, visual e táctil. Não estou querendo dizer com isso que a revista ‘concretize’, ou se paute, pelos anseios da vanguarda concretista, e sim que em muitos momentos a resultante oferecida pela revista soa-me como o mais próximo da vanguarda entre as revistas literárias disponíveis.

Mas, no que se refere aos textos poéticos apresentados pela revista, os versos são mantidos (versos brancos, mas ainda versos), os textos não são explodidos em suas formas, diria, mais convencionais. A inovação na revista se dá, a meu ver, mais no campo gráfico, espacial e visual, do que propriamente literário. Mas, isso não é pouco, pois uma revista que se produz como uma obra (com a força criativa que ela ostenta) gerada fora dos grandes centros de produção, tanto econômico quanto estético, deve ser celebrada e, no caso, relembrada.

Há poesia e há prosa em suas páginas, de autores que não trafegam (em sua grande maioria) no circuito editorial do ‘sul-maravilha’, e brasileiros em ampla maioria.

Para concluir acrescento que, pelos exemplos tomados neste questionamento, devemos assumir que o papel do leitor enquanto consumidor, embora ativo e produtor de sentidos, é sempre mediado pela possibilidade de acesso a obra, e quando o acesso se dá, a boa recepção -ou não- da mesma é sempre colorido, e matizado, pelo repertório acumulado pelo leitor/consumidor.

E se já não estamos mais em época de vanguardas, e seus doutrinamentos, torna-se mais importante ainda a proliferação deste campo privilegiado para reflexões e criações literárias e estéticas que são as revistas.


[1] Campos, A., Campos H., Pignatari, D. “Plano piloto para poesia concreta”. In: Teoria da poesia concreta. São Paulo: duas Cidades, 1975. Pág. 7

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