crianças equilibram
borboletas e planetas
homens enxugam copos
com sua dor
mulheres geram gafanhotos
vozes de soprano ao fundo
o artista recolhe o essencial
um esboço
o profeta berra ao vento
boca em sirenes
o filósofo pensa ao andar
tudo é estilo e concisão
o bêbado balbucia
sem coerência
sirenas, sirenas
abra os olhos errante
o poeta embaralha
tudo do cio ao silêncio
alerta os navegantes
abrolhos com escolhos
[ilustração: Majane Silveira]
lindo poema, Edson!
ResponderExcluire nós aqui, na correira para a mudança ;)
Edson
ResponderExcluir"tudo do cio ao silêncio"
delícia de verso, resumo, hai-kai, senti-me em seu verso.
Patricio
Edson,
ResponderExcluirPoeta amigo,
Vamos todos nós assim
barrufados de fumaça e dor
no peito a saudade da tão sonhada
"Gaia", parabéns, belo, seco e seguro poema,
Miguel Carneiro
ps: De agora com o aviso
passearei em teu belo Blog