o mendigo
o mendigo morreu.
calado.
calejado da luta pela vida.
herói anônimo de tantos
milagres econômicos.
milagres econômicos.
não teve homenagens póstumas.
nem epitáfios espirituosos.
foi enterrado
sem pompas em cova rasa
o indigente.
apenas
um sabiá trinava
ao ouvido do morto
um canto melancólico
e pungente.
Edson,triste e muito lindo seu poema!Parabéns!Bjs,
ResponderExcluirOi Edson,
ResponderExcluirTudo bem? Ótimos textos aqui e excelente trabalho no Cronópios!!!
Envio blog para divulgação tb do meu trabalho...Grante abraço!
http://geografiadodesejo.blogspot.com/
Puxa! Como a tristeza é linda!
ResponderExcluirMuito bom, Edson!
ResponderExcluirLido em voz alta carrega todo o drama contido nele, com suas pausas, respirações, e o quase silêncio final que é puro eco. Parabéns!
A morte não se reserva à ninguém - a tudo chega sem pompa alguma.
ResponderExcluirEdson, parabéns pelo poema.
Voz dadas aos anônimos. Sublime.
ResponderExcluirUm poema bonito sobre covas rasas...
ResponderExcluirbeijos
Os sabiás
ResponderExcluirdos sambaquis
soam silentes
sob o anis
lembrou-me um epitáfio que escrevi para uma senhora do meu interior, Maria da Geléia. Eu gostava das suas geléias de mocotó e, quando ela morreu, escrevi em um blog antigo. Perdi o texto, quando o Weblogger fechou as portas e nem deu satisfações...
Abraço.
Gosto muito, muito, da tua poesia, Edson. Abraço.
ResponderExcluir