minha cidade é meu sítio
de desterro
ela se funde
com todos os locais
do
passado e do presente
locus de um
declínio
apocalíptico.
o que
ainda floresce
em mim
não
sou eu
são
meus sonhos
a
esperar que a noite
pegue no
sono
e lampeje faíscas
de fogo.
a
visão de rostos na multidão
são como
pétalas rubras
espalhadas
pelo chão negro
uma épica
sem enredo
definido
uma
lógica poética
do assombro.
com esses fragmentos
refaço minhas ruínas.
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