11 maio 2008

A origem do Dia das Mães


A mais antiga comemoração dos dias das mães vem da Grécia antiga, quando a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.
Depois de muito tempo, no início do século XVII, a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.
Mas foi uma americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905, Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.
Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.
Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data.
"O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos.
O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.
Desde então, mesmo contra a vontade de Anna, que chegou a entrar com um processo em 1923 para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso, muita coisa aconteceu e entre as filas nos Shoppings, o trânsito infernal, as lojas lotadas, e essa homenagem se transformou em algo diferente.
E isso pode ser muito simbólico. Sendo a mãe o núcleo da família, o equilíbrio do lar, essa “nova” situação desencaminhou a luta de Anna. O reconhecimento da importância das mães no dia-a-dia foi subestimado.
Os tempos modernos (ai que saudades da aurora da minha vida...) conseguiram, através do incremento do comércio, de promoções tipo compre 1 e leve 2, distorcer o grande feito de Anna Jarvis.
Será que aí não pode estar uma das razões para os atos de violência, da desestruturação familiar que nós temos observado, ainda estarrecidos, nos dias de hoje?
Vocês sabem o que foi escolhido por Anna Jarvis como presente, simbolizando a pureza, a fidelidade, o amor, a caridade e beleza para uma mãe?
Um simples cravo branco.

Dr. Yechiel Moises Chencinski – médico pediatra e homeopata
http://www.doutormoises.com.br/

P.S.: Anna Jarvis morreu em 1948, aos 84 anos, sem ter sido mãe.

Um comentário:

  1. Olá Edson, eu não conhecia essa história nascida dos mágicos cultos pagãos, que é uma lição de vida. Na simplicidade vive a beleza verdadeira. Abraços.

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