bile negra
há manhãs quando
nem o cheiro
do café
o jornal aberto
sobre a mesa
o sorriso franco
da amada
do café
o jornal aberto
sobre a mesa
o sorriso franco
da amada
o chamado doce
de meu filho
o latido amigo
do cachorro
o frescor florido
da jabuticabeira
o canto verde
das maritacas
o azul-celeste
de janeiro
suprem o oco
do corpo a corpo
com a vida
do corpo a corpo
com a vida
o sumo
desperdiçado
a dádiva
imerecidadesperdiçado
a dádiva
Caraca ... Esse poema diz o que tenho sentido...Nem o nascer do sol ..nem o por dele, suprem o vazio. Ah! Quantas vezes me pergunto se mereço esse mesmo sol, se não o curto em toda sua plenitude por me prender no inútil... adorei Edson (queria ter sido eu a escrever) Beijo/rosa
ResponderExcluirO que seria dos filósofos e dos poetas sem esse vazio? O desespero humano de Kierkegaard, a invenção do super homem de Nietzsche...
ResponderExcluirAinda bem que a incompletude também abriga em você.
beijos
a bile negra alimenta a arte.
ResponderExcluir