by Gustavo Eri
Amigos,
é com muita alegria q informo a data de nascimento de minha nova empreitada pela literatura no ciberespaço: a data vai depender do programador.
Como muitos sabem, fiquei um pouco órfão e abatido depois de minha saída do Cronópios, em maio de 2009. Agradeço a todos os incentivos que recebi nesse meio tempo. A fila anda. Agradeço principalmente aos que prontamente toparam mais uma aventura comigo. Agradeço ao amigo Reynaldo Bessa que está queimando as pestanas para deixar redonda a programação do que ele chama de Portal.
Vamos circular a informação. Já temos uma página no facebook também.
Confiram o esqueleto do projeto, e quem já confirmou presença na nave.
MUSA RARA – Literatura e Adjacências
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Marcelo Ariel [SENZALA GERAL]
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Ricardo Aleixo [POESIA &]
Maurício Vasconcellos [CELULAR/CASSETE/ROMANCE]
João Antonio [ARQUIVIVO]
Luis Serguilha (Portugal)
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Antonio Vicente Pietroforte [PALAVRA QUASE MURO]
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Andrea Del Fuego [MÍNIMA LUZ]
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Sergio Medeiros
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Affonso Romano de Sant’Anna [Rio de Janeiro]
Ricardo Aleixo [Minas Gerais]
Lúcia Santaella [São Paulo]
Carlos Emílio C. Lima [Ceará]
Nelson de Oliveira [São Paulo]
Sylvio Back [Rio de Janeiro]
Reynaldo Damazio [São Paulo]
Nilson Oliveira [Belém do Pará]
Gonzalo Aguilar [Argentina]
Sergio Medeiros [Santa Catarina]
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Claudio Willer [São Paulo]
Aquiles Alencar Brayner [Londres]
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Ana Peluso (Adjacências) [São Paulo]
Virna Teixeira [Ceará/São Paulo]
Ramon Mello [Rio de Janeiro]
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Augusto de Campos
Ivone Benedetti
Adriana Versiani
Claudio Daniel
Márcio-André
Ronald Augusto
Sergio Sant’Anna
Claudio Willer
Paulo de Toledo
Mayrant Gallo
Lau Siqueira
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André Ricardo Aguiar
Micheliny Verunschk
Antonio Miranda
Mardônio França
Eduardo Jorge
Virna Teixeira
Marcelo Tápia
Ana Peluso
Adrienne Myrtes
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Fabio Oliveira Nunes
André Dick
Nilto Maciel
Horácio Costa
Marne Lúcio
Luiz Roberto Guedes
Denise Bottmann
Carlos Alberto Fonseca
Gustavo Felicíssimo
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Amador Ribeiro Neto
Felipe Fortuna
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Ivan Antunes
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José Inácio Vieira de Melo
Dirce Waltrick do Amarante
Joana Ruas (Portugal)
Fabio Vieira
Floriano Martins
José Ángel Leyva (México)
Xico Sá
Fernando Ramos (editor do VAIA)
José Geraldo Neres
Marcelo Barbão
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04 abril 2011
09 dezembro 2010
Poesia grapiúna agora
Uma segunda edição pode ser comparada à releitura de um livro. Reler é coisa de quem gostou da primeira leitura ou, no mínimo, ato de quem ficou intrigado ou mexido com o que leu imediatamente. A segunda edição de um livro de poemas é acontecimento incomum, infelizmente, em nossos dias – e em verdade sempre o foi, mas tem sido cada vez mais incomum, a ponto da primeira edição já ser, ela mesma, uma raridade. Se tal acontece, é porque um milagre chegou perto de acontecer, se não aconteceu, de fato. Mas atentemos para o que afirmou Horácio: “saepe stilum vertas, iterum quae digna sint legi scripturu, neque te ut miretur turba labores, contentus paucis lectoribus”1 .
Eu, dentro de meu mundo supostamente cosmopolita, metropolitano e bastante, me sabia pouco, muito pouco, em matéria de poesia grapiúna. Sosígenes Costa, Telmo Padilha, Ildásio Tavares, Florisvaldo Mattos, Adelmo Oliveira, Cyro de Mattos, Jorge Medauar – que em verdade sempre me impressionou mais escrevendo contos – e um ou outro poema avulso de nomes que já não me ocorrem mais. Devo a um paulista de Marília o reencontro com a poesia de meu estado, o poeta e ensaísta Gustavo Felicíssimo, que vem fazendo um trabalho irreprochável e decisivo na fixação de poetas grapiúnas, dentro da história da literatura baiana e brasileira.
Diálogos revela um contato com duas alteridades: a conversa entre poetas bastante diversos entre si; a conversa entre poetas grapiúnas e o mundo, a água ou terra que cerca essa ilha ou rio. No livro ora publicado há a poesia de linguagem coloquial, que lembra muito a obra de um Robert Frost (Edson Cruz, Heitor Brasileiro), há sonetos de grande ousadia mórfica (Piligra), haicais sem qualquer ranço de outro país ou tradição (Mither Amorim), poemas que vêm da influência oitentista brasileira do puzzle, certa pulsação das regras, com seus versos sinuosos e intimistas (Noélia Estrela, Rita Santana, Daniela Galdino), um memorialismo consistente que nos faz pensar em Miguel Torga – o poeta – e alguns outros poetas portugueses do século XX (George Pellegrini), e ainda poemas que são uma mistura de linhas e destinos (os poemas de André Rosa, os de Fabrício Brandão e os do caçula da coletânea, Geraldo Lavigne, nascido em 1986, mas que “disputa” de igual para igual com os demais escolhidos). Poesia é tradução, sempre. É a busca incessante pela palavra mais adequada àquilo que se sente e que se tornou idéia, pensamento, meditação. Afirmo, sem medo algum de passar por precipitado ou leitor desatento, que os poetas aqui reunidos chegaram o mais próximo possível de si mesmos. Mais próximo do que chegaram e talvez houvéssemos perdido a escrita de cada um deles, uma vez que certamente não conseguiriam mais voltar ao mundo dos fenômenos.
A diversidade, penso eu, é uma das mais louváveis características da antologia organizada por Felicíssimo, que tem a maturidade e a inteligência de encontrar qualidade – o belo – em todo e qualquer tipo ou gênero de poesia, sem discriminações, escolas, corporativismo. Se pensarmos na origem do termo “antologia” – do grego anthos: flor; logos: de legein, colher, juntar. Daí se segue a idéia de buquê de variado perfume. Nos períodos clássico e bizantino da literatura grega, produziu-se imensa antologia de poemas curtos, de diversos autores, a Antologia Grega –, teremos entendido bem o livro que pode ser descerrado pelo leitor a qualquer instante, com todos os seus perfumes diversos.
Eu, que sou e pretendo ser, sempre, parcial – uma vez que sou pessoa e indivíduo –, não desejo esconder minhas inclinações: me identifico e sou levado facilmente pela poesia de extrema sofisticação e sutileza, realizada pelo poeta, já bem localizado em nossa mídia, Marcus Vinícius Rodrigues, diversas vezes premiado. E ainda pela poesia de Edson Cruz, cheia de sagacidade e epifanias que se desdobram para além dos pequenos poemas que costuma realizar.
Espero uma terceira edição do Diálogos de Gustavo Felicíssimo e dos poetas grapiúnas de hoje. Uma antologia é um convite para o livro solo de um poeta; é o aperitivo para uma comida mais substanciosa e “pesada”.
Para amanhã, peço uma nova antologia. Sempre.
1 – “Revolve muitas vezes o estilo, se desejas que aquilo que hás de escrever seja digno de ser lido duas vezes e não sofras porque a turba te admira, sê satisfeito com poucos leitores”, em tradução de Mary Kimiko Murashima.
Blog do Lçto: http://livrodialogos.blogspot.com/
28 novembro 2010
MAHÂBHÂRATA
Sinopse:
Mahâbhârata, épico da literatura indiana, originalmente escrito em sânscrito, é uma obra imensa, que foi condensada pelo poeta Edson Cruz, como mais um título da Coleção Clássicos do Mundo, da Paulinas Editora. Livro reverenciado pelos indianos, nele estão os fundamentos filosóficos do hinduísmo. Texto precioso que trata de sentimentos e verdades universais e aponta, por meio de suas metáforas, o caminho para se viver uma vida iluminada.
Na versão de Cruz, Ganesha, o senhor dos obstáculos, é quem toma a pena e ‘molha as palavras’ para narrar o conflito entre Pândavas e Káuravas, cerne do enredo de Mahâbhârata (que significa a grande história dos Bhârata), em que duas famílias, se enfrentam em uma guerra cruel pela disputa do reino da Índia. O momento culminante da narrativa acontece quando o príncipe Arjuna, em um momento de hesitação e de tocante reflexão, confidencia ao avatar Krishna o desejo de abandonar o campo de batalha para evitar mortes de amigos e familiares. Krishna, que há muito tempo previra a queda dos Káuravas, convence Arjuna de que aquela guerra fazia parte do ‘destino’ do reino e não poderia ser evitada: “Não se pode escapar de praticar um ato que deva ser praticado e essa ação, com certeza, deixará sua marca latente.”
Intrigas, enganos, política, romances tudo se condensa em Mahâbhârata: os grandes descendentes de Bhârata, um livro em que reis, deuses, homens de boa e de má fé se encontram no palco da guerra que não apenas reivindica o poder, mas da guerra que lança luz à consciência daqueles que ainda se encontram na sombra.
Anasor, estudiosa e admiradora do livro sagrado indiano, por meio de suas ricas imagens rompendo em cores, apresenta uma leitura lúdica da narrativa, onde o palco da guerra é o picadeiro do circo, uma maneira sábia de observar as peripécias e aprendizados da vida.
Informações do autor e da ilustradora:
Edson Cruz, nascido em Ilhéus (BA), é poeta, editor e revisor. Desgraduou-se em muitas coisas e, atualmente, faz o curso de Letras na USP. Foi fundador e editor do site de literatura Cronópios e da revista literária Mnemozine. Lançou, em 2007, Sortilégio (poesias) e, como organizador, O que é poesia?. Participou de inúmeras antologias e escreve com frequência no blog http://sambaquis.blogspot.com/.
Anasor ed Searom é o pseudônimo de Rosana de Moraes, artista plástica paulistana, autodidata, que teve sua formação em museus e ateliês, em São Paulo. Suas obras estão presentes em coleções públicas e particulares de diversos países; suas pinturas ilustraram publicações de arte e poesia.
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