Todos convivemos diariamente com coisas, que nos parecem, diametralmente irreconciliáveis. Se não se faz possível compreender, e ir direto ao ponto, a sabedoria de todos os tempos nos sugere o deambular. Não o vagar fugidio dos covardes, mas os que sabiamente circundam a presa tal fera irredutível, qual deuses em seu altar, observando, se aproximando e esperando a ocasião propícia para o passo central.
nem tanto
aquém
nem mais
além.
no ponto.
É da competência do ser amoroso, a aproximação e descoberta das coisas com delicadeza. De onde pode, às vezes, abruptamente surgir a beleza. Todo conhecimento que realmente importa, tem como princípio esta apreensão do Belo. E como já disse Platão, khalepà tà kalá: ‘as coisas belas são difíceis’.
A determinação, o instinto, para o Belo, mais do que seres humanos, nos torna poetas; mais do que poetas, pode nos conduzir a evidência suprema de estarmos plenamente vivos: a alegria. E a alegria partilhada é a própria felicidade.
O ser iluminado pela beleza pode secar os pântanos emputrecidos ou deles fazer emergir a pura flor-de-lótus. Como disse meu querido poeta Manoel de Barros, ‘vagalumes driblam a treva’.
agora que o verão chegou
lembro que poderia nunca ter vindo.
na sombra ainda faz frio
no sol aqueço o íntimo.
tudo parece óbvio
tudo já foi ínfimo
tudo já foi vento...
muito passou por minhas mãos
trevos de cinco pontas se perderam.
a vida sopra generosa
com boa sorte e sua demora
eu continuo a deambular.
‘o inverno nunca tarda
em se tornar primavera’.
Vamos adiante, amigos, pois o ano começou e as coisas belas, realmente, não são fáceis.
nem tanto
aquém
nem mais
além.
no ponto.
É da competência do ser amoroso, a aproximação e descoberta das coisas com delicadeza. De onde pode, às vezes, abruptamente surgir a beleza. Todo conhecimento que realmente importa, tem como princípio esta apreensão do Belo. E como já disse Platão, khalepà tà kalá: ‘as coisas belas são difíceis’.
A determinação, o instinto, para o Belo, mais do que seres humanos, nos torna poetas; mais do que poetas, pode nos conduzir a evidência suprema de estarmos plenamente vivos: a alegria. E a alegria partilhada é a própria felicidade.
O ser iluminado pela beleza pode secar os pântanos emputrecidos ou deles fazer emergir a pura flor-de-lótus. Como disse meu querido poeta Manoel de Barros, ‘vagalumes driblam a treva’.
agora que o verão chegou
lembro que poderia nunca ter vindo.
na sombra ainda faz frio
no sol aqueço o íntimo.
tudo parece óbvio
tudo já foi ínfimo
tudo já foi vento...
muito passou por minhas mãos
trevos de cinco pontas se perderam.
a vida sopra generosa
com boa sorte e sua demora
eu continuo a deambular.
‘o inverno nunca tarda
em se tornar primavera’.
Vamos adiante, amigos, pois o ano começou e as coisas belas, realmente, não são fáceis.
"Sempre ansiamos por visões de beleza, sempre sonhamos com mundos desconhecidos."
ResponderExcluirMáximo Gorki (1868-1936)
Um abraço,
Tereza
grato pelo envio, Edson, há muito que queria rever na íntegra a entrevista com a Clarice; muitas dobras & voltagens aqui. Abraço
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