14 março 2009

José do Carmo Francisco à queima-roupa




1) O que é poesia para você?

A poesia é para mim a resposta possível ao absurdo da vida, o sentido do que não tem sentido, a resposta precária e nunca definitiva às grandes interrogações. Metade canção, metade filosofia, é assim que eu vejo a poesia.

2) O que um iniciante no fazer poético deve perseguir e de que maneira?

O principiante deve ler tudo o que diz respeito à poesia. Todos começamos por ser «leitores», eu comecei por ler Cesário Verde com dez anos. Só publiquei o meu primeiro poema adulto aos 27 anos em 1978 no «Diário Popular».

3) Cite-nos 3 poetas e 3 textos referenciais para seu trabalho poético. Por que destas escolhas?

Três poetas são Cesário Verde com «Cristalizações», Carlos de Oliveira com «Sobre o lado esquerdo» e Ruy Belo com «Aquele grande rio Eufrates». Manuel Bandeira e outros poetas igualmente importantes foram surgindo depois de 1978. E ainda não parei nas minhas leituras e nas minhas descobertas.



José do Carmo Francisco nasceu a 13 de Fevereiro de 1951 em Santa Catarina (Caldas da Rainha), Portugal. Frequentou o Instituto Comercial de Lisboa e o Instituto Britânico. Foi bancário entre Setembro de 1966 e Novembro de 1996. É juiz social no Tribunal de Menores desde 1993. É jornalista – carteira profissional nº 4149. Estreou-se no «Diário Popular» em 1978 e em «A Bola» em 1979. Foi colaborador do «Sporting» desde 1988 («As palavras em jogo») e seu redactor de Janeiro de 1997 a Novembro de 2006. Entre 1992 e 1996 entrevistou na revista «Bola Magazine» figuras nacionais das Artes e das Letras na rubrica «Um cafezinho com». Colabora no mensário «Voz de Alcobaça» com a coluna «O lugar do poema» e no semanário «Gazeta das Caldas» com a rubrica semanal «Um livro por semana» e a coluna quinzenal «Estrada de Macadame». Colabora na revista «Desporto sem Paralelo» e nos jornais «Diário Insular» e «Notícias da Amadora». Colaborou nos jornais «O Mirante», «Diário Popular», «Diário de Lisboa», «República», «O Ponto», «O Remate», «Correio dos Açores», «O distrito de Portalegre» e nas revistas «Ler», «PC Win», «Mulheres», «Revista Alentejana», «Colóquio Letras» e «Seara Nova». Desempenhou funções da direcção da Associação Portuguesa de Escritores e é secretário da Associação Portuguesa de Críticos Literários. Organizou duas antologias para o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas: «O Trabalho – antologia poética» e «O Desporto na Poesia Portuguesa». É co-autor do livro «Glória e vida de três gigantes» sobre o Sporting C. de Portugal, o Benfica e o F.C.Porto editado em 1995 por «A Bola». É autor dos seguintes livros: «Iniciais» (1981), «Universário» (1982), «Transporte Sentimental» (1987), «Jogos Olímpicos» (1988), «1983 – Um resumo» (1991), «Leme de luz» (1993), «Mesa dos Extravagantes» (1997), «As emboscadas do esquecimento» (1999), «De súbito (2001), «Os guarda-redes morrem ao Domingo» (2002), «O Saco do Adeus» (2003), «Pedro Barbosa, Jesus Correia, Vítor Damas e outros retratos» (2005) e «Mansões Abandonadas» (2007). «Iniciais» venceu em 1980 o prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores atribuído por um júri constituído por Armando Silva Carvalho, Fernando J.B. Martinho e Pedro Támen. Em 2006 foi publicada uma versão da tese de mestrado de Ruy Ventura («José do Carmo Francisco - uma aproximação») nos 25 anos da sua obra poética. O Júri (Clara Rocha, Silvina Rodrigues Lopes e António Cândido Franco) atribuiu à tese («Representações da Memória e do Quotidiano na poesia de José do Carmo Francisco») a classificação de «Bom com distinção». O poema «Café contigo» está gravado num CD de José Cid. O Jornal «ABC» de 15-11-2008 dedicou-lhe uma página no seu Suplemento Cultural. Tem poemas, entrevistas e notas de leitura nos sites e blogs «aspirinab.com.», «triplov.com», «escritacriativa.com», «ofogareiro.blogspot.com» «alicerces1.blogspot.com», «casariodoginjal.blogspot.com», «cabradeservico.blogspot.com» e «viagenspelooeste.blogspot.com» E-mail: jcfrancisco@mail.pt

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