04 setembro 2011

Flashes na Martins Fontes

Sábado foi um dia corrido. Eram três horas e eu ainda estava na Vila Madalena, atrasadíssimo. Quando cheguei esbaforido, e sem almoçar,  o grande Torrano já estava lá, sentado, me esperando. Figura. Ainda bem que o Gercio Tanjoni e o Leo Gonçalves também atrasaram. Havíamos marcado antes para azeitarmos apresentações mútuas e captações de imagens.

Ao final, deu tudo certo: amigos começaram a chegar. Gente que não via há muito tempo. Gente que não esperava que viesse. Surpresas e algumas ausências. Vinho argentino rolando e eu tomando água, pois estava com o estômago vazio.

As primeiras imagens que me chegaram foram estas. Depois, posto uma seleta. Gracias a todos...



















[Jaa Torrano e sua Valquíria foram os primeiros a chegar. A tarde pressupunha uma teogonia.]



















[Augusto de Campos diz que fazer poesia não é fácil e pede para eu autografar na página do poema que ele assinaria embaixo. Minha dedicatória foi maior do que o poema. Emoção.]



















[Tom Mitsuo foi o mais irreverente da tarde]




















[Edson Cruz, Gercio Tanjoni e Leo Gonçalves, parceiros na captação do evento]



Fotos: by Elizete Lee




30 agosto 2011

Palavra Inquieta - Melancolia



       [gravado por Leo Gonçalves, para o programa Palavra Inquieta]


A criação de Homero.

A eloquência ágrafa

de Sócrates.

Os desenhos de Leonardo.

As suítes sublimes de Bach.

Os píncaros de Beethoven

e seus quartetos de cordas.

O spleen e seus poetas visionários.

A viagem babélica de Joyce.

Os múltiplos sentires de Pessoa.

O Grande Sertão de Guimarães.

O último filme de von Trier.

Não significam nada.



Neste instante

uma criança esquálida

morre de fome

aqui,

ou em algum canto ali

de nossa ressequida

África.

25 agosto 2011

O valor da crítica - Debate







O Itaú Cultural realizou o III Seminário Internacional Rumos Jornalismo Cultural - pRINCÍPIOS iNCONSTANTES (p//i). Nesta mesa, o tema é a crise da crítica em um cenário de produção intensa e novos processos de validação derivados dos meios digitais. Participam Luís Antônio Giron (Revista Época), Fabio Malini (Ufes) e Stuart Stubbs (Loud and Quiet). A mediação é de Jeder Janotti (Ufal).

22 agosto 2011

Quartos Habitáveis de Flávia Rocha























Confira dois poemas do livro a ser lançado:


ATEMPORAL

No espaço das formas inconstantes,
o vazio preenche eternidades distintas—

um morrer de uma coisa que já não existe
para que outra tome o seu lugar

fora do tempo— explosão da célula sutil
que nos difere de todas as coisas.



TANKA
Dez mil folhas

I.

Nas noites quentes
adulterar as formas
e as texturas,
esquecer atrás de si
as reminiscências.


II.

Ir para longe
dos quartos sob a lua,
e se extraviar
entre as coisas leves
e sem indiferença.


III.

As dez mil folhas
espalhadas pelo chão   
nunca escondem
passos que se afastam
da estrada possível.




Flávia Rocha nasceu em São Paulo em 1974. Jornalista, trabalhou nas redações das revistas Bravo!, República e Carta Capital, e  Casa Vogue, entre outras publicações. É autora do livro de poemas A Casa Azul ao Meio-dia (Travessa dos Editores, 2005). Tem mestrado em Criação Literária pela Columbia University e é uma das editoras da revista literária americana Rattapallax. Editou antologias de poesia brasileira para as revistas Rattapallax (EUA), Poetry Wales (País de Gales) e Papertiger (Austrália). Fundou, com Steven Richter, a Academia Internacional de Cinema, onde desenvolveu o curso de Criação Literária coordenado pela escritora Veronica Stigger.



15 agosto 2011

Noite Indiana



                                          [Edgar Silva, Marcus Santurys, Edson Cruz e Saphyra]

A noite foi inspirada. Noite de lua cheia. Noite onde Ganesha conduziu as energias. Quem não foi perdeu uma celebração. Confira alguns textos e algumas imagens....


Basavana (1106-67 a.C.)

do meu corpo um alaúde
da minha cabeça a caixa
de meus dedos faz tarraxa   
meus nervos sejam fios

então pega e me toca    
toca em mim
tuas (uma duas três quatro cinco) trinta e duas canções
senhor dos entrerrios

[Tradução: Paulo Leminski]

 

3.
A tortuosidade da cobra
é reta para a sua cova.

A tortuosidade do rio
é reta para o mar.

A tortuosidade do servidor do Senhor
é reta bastante para o meu Senhor.

[Tradução: Décio Pignatari]


Rabindranath Tagore (1861 – 1941)

[Trechos de Gitanjali – tradução: Ivo Storniolo]


O que oferecerás à Morte, quando ela bater à tua porta?

Vou oferecer à minha hóspede a taça cheia da minha vida. Não deixarei que ela vá embora de mãos vazias.

Colocarei diante dela a suave colheita de todos os meus dias de outono e de todas as minhas noites de verão. No fim dos meus dias, quando ela bater à minha porta, vou entregar-lhe tudo o que ganhei e tudo o que recolhi com o árduo trabalho da minha vida.


[Edgar, Saphyra, Marcus e Edson]

                                                          Fotos by Sylvia Caringi

05 agosto 2011

  Melancolia

A criação de Homero.
A eloquência ágrafa
de Sócrates.
Os desenhos de Leonardo.
As suítes sublimes de Bach.
Os píncaros de Beethoven
e seus quartetos de cordas.
O spleen e seus poetas visionários.
A viagem babélica de Joyce.
Os múltiplos sentires de Pessoa.
O Grande Sertão de Guimarães.
O último filme de von Trier.
Não significam nada.

Neste instante
uma criança esquálida
morre de fome
aqui,
ou em algum canto ali
de nossa ressequida
África.


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31 julho 2011

Noite Indiana no Centro Cultural Vergueiro




13 de agosto de 2011

Sábado
das 19h às 20h30
Sala Adoniran Barbosa
entrada franca


Poesia dos 4 Cantos é uma atividade mensal dedicada à divulgação da poesia internacional, num formato que inclui a leitura de poemas na língua original e em tradução, com danças e músicas típicas de cada país, nos intervalos das leituras. No mês de agosto teremos uma Noite Indiana com a participação do poeta Edson Cruz, dos músicos Marcus Santurys e Edgar Silva, do Grupo Natyalaya, com Iara Ananda Romano, Saphyra da Escola de Danças e da VJ Scaringi (projeção). A biblioteca do Centro Cultural São Paulo também realiza nesta semana uma exposição temática de livros de literatura indiana, que poderão ser consultados ou retirados pelos interessados.


Ficha técnica:

Coordenação e leituras: Edson Cruz, poeta e editor
Música: Marcus Santurys (sitarista) e Edgar Silva (tablas indianas)
Dança: Grupo Natyalaya: Iara Ananda Romano
Saphyra Escola de Danças: Saphyra
VJ: Scaringi


A tradição literária indiana é principalmente poética e essencialmente oral. Além disso, é necessário ressaltar que a literatura indiana, assim como toda a cultura indiana, foi sendo construída de forma híbrida, resultante de suas tradições internas, do sânscrito, dos textos budistas e jainistas escritos em pali, dos dialetos medievais e, posteriormente, das influências externas exercidas pelos povos colonizadores e alóctones. As obras literárias mais antigas da Índia são os Vedas, conjunto de textos religiosos escritos em sânscrito, que remontam a 2.000 a. C. As grandes epopéias, o Mahabharata, de Vyasa, o Ramáyana, de Valmiki e as narrativas mitológicas, ou Puranas, datam dos séculos VI a.C. a IV d.C. Na dinastia Gupta, floresceram a poesia e o teatro clássico; a esse período pertence o Kama-sutra. Além do sânscrito, usado nas obras hindus e budistas, a literatura indiana fez uso dos dialetos urdu, bengali, tamil, entre outros. No século XVI, sob domínio muçulmano, atuou o poeta sufi Kabir (1440-1518). Após a conquista britânica, a Índia se abriu à influência ocidental. Nos dois últimos séculos, a literatura indiana foi registrada nas principais quinze línguas do país, incluindo o inglês e o bengali, esta última oferecendo uma das literaturas mais ricas da India. Dos autores modernos, destacam-se Madhusudan (1824-1873) e Rabindranath Tagore (1861-1941), que recebeu o Prêmio Nobel em 1913. Dos autores mais recentes, convém citar V. S. Naipul (1932) e Rushdie (1947). É um pouco da diversidade e riqueza dessa literatura de tantos matizes que nos propusemos a mostrar nesta Noite Indiana, embalados por suas músicas recheadas de microtons e de suas danças de movimentos sutis e delicados.

18 julho 2011

Corsário e Augusto de Campos no B_arco



O lançamento da Revista Corsário, no Espaço Cultural B_arco foi incrível. A mesa, que já era seleta, foi contemplada com a presença do "Avatar", Augusto de Campos, como brincou o poeta Claudio Willer em sua fala inicial. Augusto não se fez rogado. Quando brinquei dizendo que ele não precisava ser apresentado, pediu a palavra e agradeceu a iniciativa da Revista Corsário e de seus editores Mardônio França e Katiusha de Moraes - que compôs a mesa.

Com sua presença ali, o próprio "São João Batista" da literatura cibernética (como foi designado na capa da revista), foi inevitável que todos se referissem a ele, as suas contribuições e ao movimento da poesia concreta e as relações com o que vemos hoje na cibercultura e webliteratura.

Claudio Willer mencionou em sua fala uma certa postura messiânica apresentada pelos concretos em seus momentos iniciais. Seguindo a ordem da mesa, Augusto foi o último a falar e rebateu com elegância a ironia dizendo que eles eram jovens que apanharam muito naquele momento e precisavam se impor, marcar uma posição diferencial ao que se via na época.

Alguns trechos dessa fala foram captadas pelo celular do poeta recifense, Thiago.

Logo, disponibilizaremos mais...


[Edson, C. Willer, Luis, Lucia Santaella, Mardônio França, Ademir Assunção e Augusto de Campos - by Katiusha de Moraes]

[Edson Cruz, Antonio Vicente Pietroforte, Claudio Willer, Katiusha de Moraes, Lucia Santaella, Ademir Assunção e Augusto de Campos - by Mardônio França]

                          [Edson Cruz, Antonio Vicente Pietroforte e Claudio Willer - by Mardônio França]

[Edson Cruz, Claudio Willer, Katiusha de Moraes, Lucia Santaella e Ademir Assunção - by Mardônio França]




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11 julho 2011

Lançamento e Debate no B_arco



                                                           16/07, sábado, 16h

Lançamento da REVISTA CORSÁRIO

Debate: As revistas literárias em época de cibercultura, literatura miscigenada de signos e simbiose semiótica

Debatedores: Lucia Santaella (professora, pesquisadora e especialista em Semiótica), Antonio Vicente Pietroforte (poeta, professor e editor), Ademir Assunção (poeta e coeditor da revista Coyote), Claudio Willer (poeta e ex-coeditor da revista Agulha) e Katiusha de Moraes (poeta, produtora cultural e redatora-chefe da Corsário).

Mediador: Edson Cruz (poeta, coeditor da Revista Mnemozine, ex-editor e fundador do Cronópios)

Apresentador da Revista Corsário: Mardônio França


Sobre os participantes:

Ademir Assunção é poeta, letrista de música e jornalista. Publicou LSD Nô, Zona Branca, Adorável Criatura Frankenstein e A Musa Chapada (em parceria com Antonio Vicente Pietroforte e Carlos Carah), entre outros. Tem poemas musicados e gravados por Itamar Assumpção, Edvaldo Santana, Madan e Ney Matogrosso. É um dos editores da revista literária Coyote.

Antonio Vicente Seraphim Pietroforte é formado em Português e Lingüística pela USP, professor livre-docente do Departamento de Lingüística da mesma Faculdade nos cursos de graduação em Letras e no curso de pós-graduação em Semiótica e Lingüística Geral. Possui vários títulos publicados na área acadêmica e na literária. Entre eles: Tópicos de semiótica – modelos teóricos e aplicações (1ª ed, Annablume, 2008); O discurso da poesia concreta – uma abordagem semiótica (1ª ed, Fapesp-Annablume, 2011). O retrato do artista enquanto foge (poesias, DIX,2007); Amsterdã SM (romance, DIX, 2007); M(ai)S - antologia SadoMasoquista da Literatura Brasileira (prosa e poesia, DIX, 2008), organizada em parceria com o escritor Glauco Mattoso. O livro das músicas (poesias, [e] editorial, 2010); Sara sob céu escuro (romance, [e] editorial, 2011).

Claudio Willer é poeta, ensaísta e tradutor. Publicou Um obscuro encanto: gnose, gnosticismo e poesia, ensaio (Civilização Brasileira, 2010); Geração Beat (L&PM Pocket, coleção Encyclopaedia, 2009); Estranhas Experiências, poesia (Lamparina, 2004); Volta, narrativa (terceira edição em 2004); Lautréamont - Os Cantos de Maldoror, Poesias e Cartas (Iluminuras, nova edição em 2008) e Uivo e outros poemas de Allen Ginsberg (L&PM Pocket, nova edição em 2010). Teve publicados, também, Poemas para leer en voz alta (Andrómeda, Costa Rica, 2007) e ensaios na coletânea Surrealismo (Perspectiva, 2008). É autor de outros livros de poesia – Anotações para um Apocalipse, Dias Circulares e Jardins da Provocação – e da coletânea Escritos de Antonin Artaud, esgotados. Doutor em Letras na USP com Um obscuro encanto: gnose, gnosticismo e a poesia moderna (2008), faz pós-doutorado sobre Religiões Estranhas, Hermetismo e Poesia na USP. Foi coeditor da revista literária on-line Agulha.

Edson Cruz (Ilhéus, BA) é poeta, editor e revisor publicitário. Foi fundador e editor do site de literatura Cronópios (até meados de 2009) e da revista literária Mnemozine. Em 2007, lançou Sortilégio (poesia), pelo selo Demônio Negro/Annablume e, como organizador, O que é poesia?, pela Confraria do Vento/Calibán. Lançou, também, uma adaptação do épico indiano, Mahâbhârata, pela Paulinas Editora. Em 2011, lança seu poemário Sambaqui, pela Crisálida Editora. É professor no Curso Prática de Criação Literária da UnicSul/Terracota Editora, no Módulo Poema.  E-mail: sonartes@gmail.com Blogue: http://sambaquis.blogspot.com

Katiusha de Moraes é poeta, advogada, produtora cultural, mestranda em Linguística (UFC). Atualmente, é diretora executiva da Fotossíntese:. arte:.comunicação, redatora-chefe e produtora da Revista Corsário. Em 2009, publicou o livro de poesias Fábrica de Asas (Editora Corsário).

Lucia Santaella é professora titular do programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP, onde dirige o Centro de Investigação em Mídias Digitais e também coordena a Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital e o Centro de Estudos Peirceanos.  É doutora em Teoria Literária na PUC-SP e possui também Livre-Docência em Ciências da Comunicação na ECA/USP. Santaella é ainda pesquisadora do CNPq e coordenadora do lado brasileiro do projeto de pesquisa Probral (Brasil-Alemanha) sobre relações entre palavra e imagem nas mídias. A pesquisadora já publicou 30 livros, sendo cinco em co-autoria, e organizou a edição de outros 11 livros. Santaella também já escreveu aproximadamente 300 artigos, que foram publicados em periódicos científicos no Brasil e no Exterior. Recebeu os prêmios Jabuti (2002 e 2009), o prêmio Sérgio Motta (Líber, 2005) e o prêmio Luiz Beltrão (2010). Alguns de seus livros são: Convergências: Poesia Concreta e Tropicalismo, Nobel, 1986; Culturas e artes do pós-humano. Da cultura das mídias à Cibercultura, Paulus, 2003; Comunicação & Semiótica (em coautoria com Winfried Noth), Hacker, 2004; Por que as comunicações e as artes estão convergindo, Paulus, 2005; entre outros.

Mardônio França é poeta multimeios e editor-responsável da revista Corsário.



Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 426 - Pinheiros - SP - 05415-020 - Tel.:(11) 3081-6986

27 junho 2011

O que se passa?



Eduardo Galeano (Montevidéu, 3 de setembro de 1940) é jornalista e escritor uruguaio, autor de mais de quarenta livros, que já foram traduzidos em diversos idiomas. Suas obras transcendem gêneros ortodoxos, combinando ficção, jornalismo, análise política e História.

Na infância, Galeano tinha o sonho de se tornar um jogador de futebol; esse desejo é retratado em algumas de suas obras, como O futebol de sol a sombra (1995). Na adolescência, Galeano trabalhou em empregos nada usuais, como pintor de letreiros, mensageiro, datilógrafo e caixa de banco. Aos 14, vendeu sua primeira charge política para o jornal El Sol, do Partido Socialista.

Galeano iniciou sua carreira jornalística no início da década de 1960 como editor do Marcha, influente jornal semanal que tinha como contribuidores Mario Vargas Llosa e Mario Benedetti. Foi também editor do diário Época e editor-chefe do jornal universitário por dois anos. Em 1971 escreveu sua obra-prima As Veias Abertas da América Latina.

Em 1973, com o golpe militar do Uruguai, Galeano é preso e mais tarde forçado a se exilar na Argentina, onde lançou Crisis, uma revista sobre cultura. Em 1976, com o sangrento golpe militar liderado pelo general Jorge Videla, tem seu nome colocado na lista dos esquadrões de morte e, temendo por sua vida, exila-se na Espanha, onde deu início à trilogia Memória do Fogo. Em 1985, com a redemocratização de seu país, Galeano retornou a Montevidéu, onde vive até hoje.

A obra mais conhecida de Galeano é, sem dúvida, As Veias Abertas da América Latina. Nela, analisa a História da América Latina como um todo desde o período colonial até a contemporaneidade, argumentando contra o que considera como exploração econômica e política do povo latino-americano primeiro pela Europa e depois pelos Estados Unidos da América. O livro tornou-se um clássico entre os membros da esquerda latino-americana.

Em seu livro mais recente, Espelhos, o autor reconta episódios que a história oficial camuflou. Galeano se define como um escritor que remexe no lixão da história mundial.

Apesar da clara inspiração e relevância histórica de suas obras, Galeano nega o caráter meramente histórico destas, comentando que é "um autor obcecado com a lembrança, com a lembrança do passado da América e, sobretudo, da América Latina, uma terra intimamente condenada à amnésia".

Que tipo, hein?

[extraído e editado da Wikipedia]

14 junho 2011

Perguntas essenciais

Não me lembrava mais quem foi que me fez estas 7 perguntas abaixo. Mas, na web, tudo é tão rápido como um relâmpago, até a memória. A leitora, Adriana, prontamente evitou que eu cometesse uma gafe com o simpático Jovino Machado, de BH. Em todo caso, as perguntas me fizeram pensar bastante. Algumas mais do que outras. Mas, creio que um pouco de meu eu verdadeiro vazou e se sobrepôs à pretensão e à tagarelice.

Quem é Edson Cruz?

um ser
atônito feito um deus
absorto
em meu rosto
lágrimas de um mar
morto

O que é a vida ?

um enigma
uma jóia preciosa
como escreveu meu mestre
Daisaku Ikeda

O que é o amor ?

não ver a hora
de chegar em casa
abraçar a amada
e rodopiar com o pequeno Tom
e a dançarina Sophia

Faça 3 pedidos para o Gênio da Lâmpada do Aladim.

que a paz se instaure no mundo
que a humanidade possa merecê-la
e que eu viva longa e plenamente

O que você carrega dentro de você?

uma vontade imensa de acertar
fazer o bem
e ser feliz

10 coisas que gostaria de fazer antes de morrer.

uma produção poética de alto nível.
uma viagem à China com a Sophia Miki.
passar uma temporada em Paris com toda a família e pompa.
gravar um CD com minhas composições.
uma biografia romanceada de Daisaku Ikeda.
conhecer o mestre pessoalmente.
morar um tempo à beira-mar.
construir uma casa incrível em um lugar incrível.
construir outra casa incrível para receber as pessoas que queiram conhecer o incrível caminho da revolução humana.
disseminar a compreensão de que todos podemos vencer os sofrimentos do nascimento, envelhecimento, doença e morte.

Como gostaria de morrer?

lúcido, sem dores, rodeado de pessoas queridas e incentivando-as a viver plenamente até o ultimo instante.

10 junho 2011

Meu samba, aqui.






















Nada como uma boa notícia para espantar o banzo destes dias à espera da Musa Rara e do provável chapéu dado pelo programador.

Acabo de receber a capa e o miolo de meu próximo livro. O projeto gráfico ficou matador. O título do livro é quase o do blogue. Quase. O conceito, Sambaqui, palavra sonora derivada do tupi (ta’mba, sa’mba = concha + qui = amontoado), foi muito bem captado e realizado pelo designer gráfico, Bruno Brum, em fotos tiradas por ele e por Milton Fernandes pelas ruas de Belo Horizonte. O resultado será lançado no mercado (esse deus que nos devora a todos) em meados de agosto/início de setembro. Ou até antes, pois estamos adiantados no processo.

O livro foi contemplado com a Bolsa de Criação Literária, dada pela Petrobras, há dois anos. A editora foi um toque espertíssimo do poeta mineiro Ricardo Aleixo, a Crisálida Editora de BH, que também editou seu livro Modelos Vivos.  Quando três poetas negrões (Aleixo, Ronald Augusto e eu) sentam pra tomar cerveja escura, só pode sair coisa boa. Sair um pouco do eixo Rio-São Paulo de produção de bens culturais.

Um poema do livro:


a impossibilidade do silêncio

sem linguagem nada se mostra
ao ser.
ao calar-se, Wittgenstein falou
com a eloquência rara
dos tagarelas
das paisagens sem vento.
o silêncio só é
possível na morte.
mesmo assim ele ulula
cão sem dono
entregue à própria sorte.

 


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05 maio 2011



O Encontro Prática de Escrita acontece informalmente desde 2001, mas há quatro anos o evento ganhou periodicidade e formato e vem se tornando parte da agenda de quem gosta de literatura. O principal objetivo do encontro é reunir pessoas que não só apreciam a literatura, mas também tudo que circunda a prática de escrita literária. A programação é dividida em dois tempos, o primeiro gira em torno das mesas com palestrantes, que discorrem sobre assuntos que permeiam o universo da literatura; o segundo tempo é das oficinas de criação literária. Pelo evento já passaram nomes como: Milton Hatoum, Marcelino Freire, Raphael Draccon, Kizzy Ysatis, Roberto de Souza Causo, Sérgio Pereira Couto, entre outros.

O evento deste ano tem como convidados: o escritor, jornalista e apresentador do programa Metrópolis, da TV Cultura, Cadão Volpato; a jornalista, escritora e apresentadora do programa Letras & Leitura, na Rádio Eldorado, Mona Dorf; e o escritor e jornalista, apresentador do programa Perfil Literário, na Rádio Unesp, Oscar D’ambrósio. Cadão falará sobre sua prática literária; Mona Dorf e Oscar tratarão do universo literário, compartilhando suas experiências em centenas de entrevistas com escritores.

O encontro deste ano acontece no dia 7 de maio, sábado, das 10h às 16h30, na Universidade Cruzeiro do Sul, campus Liberdade e é organizado pela Terracota editora como parte da programação do curso de lato sensu em Criação Literária.

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Quando: 7 de maio de 2011 – das 10 às 16h30
Onde: Universidade Cruzeiro do Sul – Campus Liberdade – Rua Galvão Bueno, 898 / São Paulo-SP
Quanto
: Entrada Franca
Vagas: 120 (mesas) – 15 (oficinas)


PROGRAMAÇÃO

Mesa 1 – das 10 às 11h15
A PRÁTICA DE CRIAÇÃO DE CADÃO VOLPATO
Convidado: Cadão Volpato
Mediação: Nelson de Oliveira

Mesa 2 – das 11h15 às 12h30
DO QUE FALAM OS ESCRITORES
Convidados: Mona Dorf e Oscar D’ambrósio
Mediação: Edson Cruz


Oficinas

A ARTE DO ENSAIO
com Cláudia Vasconcellos
das 14h30 às 16h30
Escrever um ensaio é discorrer de um modo muito pessoal sobre um assunto, qualquer assunto. Não precisa ser um expert no tema que se vai abordar, porque aquilo que transparece no ensaio é sobretudo a opinião bem elaborada do ensaísta. A oficina de ‘Ensaios’ discorrerá sobre como este gênero de escrita nasceu, fornecerá dois breves exemplos, os quais fornecerão um modelo deste tipo de escrita, e, então, os participantes serão convocados a escrever os seus ensaios, ou seja, a darem as suas opiniões e por meio delas se darem a conhecer. Para interessados a partir de 18 anos.

COMO CRIAR UM INUTENSÍLIO SEM SE TORNAR UM INÚTIL
com Edson Cruz
das 14h às 16h
Uma oficina de criação e análise poética ligeira e profunda como o tanque de Bashô. Ah, você não sabe do que estamos falando? Não sabe se o que lê e o que escreve tem melopeia, fanopeia ou logopeia? Não sabe a diferença entre um marceneiro e um poeta na Grécia antiga? E qual a função da poesia em tempos de big brother e consumo desenfreado? É meu chapa, você está precisando de uma oficina como essa.

SOLTANDO A LÍNGUA
com Marcelino Freire
das 14h às 16h
Quer soltar o verbo mas não sabe como? Tem um projeto de um livro mas na hora de escrever deu um branco? Está difícil de organizar as ideias e os sentimentos? Pois bem: o escritor Marcelino Freire (autor, entre outros, do livro “Contos Negreiros”) dará, nesta rápida oficina, algumas dicas de como trabalhar o texto (não importando o gênero literário) e fazer do seu “bloqueio” artístico algum muito criativo. Para interessados em literatura, a partir de 14 anos.

ESCREVER PARA JOVENS. QUE HISTÓRIA É ESSA?
com Marcelo Maluf
das 14h às 16h
Escrever literatura para jovens é uma linha tênue que muito se aproxima da literatura adulta. Harry Potter e Artemis Fowl são exemplos de textos que ganharam o público adulto. Enfim, escrever para jovens, que história é essa? Marcelo Maluf é autor entre outros de “Jorge do Pântano que fica logo Ali”, e organizador da Antologia infanto-juvenil “Era uma vez para sempre”, nessa oficina prático-reflexiva, Marcelo dará dicas e possíveis caminhos da literatura contemporânea para jovens. Para interessados a partir de 18 anos.

04 abril 2011

MUSA RARA - Literatura e Adjacências (está chegando...)

                                                                     by Gustavo Eri

Amigos,
é com muita alegria q informo a data de nascimento de minha nova empreitada pela literatura no ciberespaço: a data vai depender do programador.
Como muitos sabem, fiquei um pouco órfão e abatido depois de minha saída do Cronópios, em maio de 2009. Agradeço a todos os incentivos que recebi nesse meio tempo. A fila anda. Agradeço principalmente aos que prontamente toparam mais uma aventura comigo. Agradeço ao amigo Reynaldo Bessa que está queimando as pestanas para deixar redonda a programação do que ele chama de Portal.
Vamos circular a informação. Já temos uma página no facebook também.
Confiram o esqueleto do projeto, e quem já confirmou presença na nave.

MUSA RARA – Literatura e Adjacências
(www.musarara.com.br )

MUSA NA MESA (Café literário do site, na home e em todas as páginas)
POESIA
PROSA
ARTIGOS
CRÔNICAS
ENTREVISTAS
ENSAIOS
ACADÊMICOS (textos mais acadêmicos; teses completas, monografias, debate acadêmico etc)
CRÍTICA LITERÁRIA
RESENHAS
LANÇAMENTOS (Agenda, sinopses e capas)
INFANTOJUVENIL
CIBERCULTURA (textos e agitos da cultura contemporânea marcada pelas tecnologias digitais)
COLUNISTAS
TRADUÇÕES
ADJACÊNCIAS (teatro, cinema, quadrinhos, música, grafiti e outras artes)
BLOG DE NOTÍCIAS (informes quentinhos sobre o Mercado literário – autores de várias regiões com acesso direto para atualização. Por eqto: Zema Ribeiro [Maranhão]; Geo Cardoso [BH]; Fernando Ramos (editor do VAIA); Homero Gomes [Curitiba]; Edilson Pantoja [PA])
LINKS (indicações de sites e blogues selecionados)
BLABLABLOGUES (toda semana alguém apresenta e comenta um blogue ou site)
TVMUSA (espaço para vídeos e outras produções visuais/player na home com o vídeo mais recente)
BANNERS (2 espaços na home, e em todas as páginas, para publicidade)
O QUE VOCÊ ESTÁ LENDO? (enquete constante, na home, sempre mostrando as 3 últimas respostas)
MUSA RARA EDIÇÕES (embrião de editora voltada para edições on-demand, pubicações de alta-ajuda e e-books)
NEWSLETTER SEMANAL


COLUNISTAS CONFIRMADOS:

Fernanda D’Umbra [HD'UMBRA - O disco frágil de Fernanda D'Umbra]
Marcelo Moutinho
Marcelo Ariel [SENZALA GERAL]
Flavia Rocha [POETRYLANDIA - Explorando em campo a poesia contemporânea americana]
Gonzalo Aguilar
Affonso Romano de Sant’Anna [MODO DE VER]
Paulo Franchetti
Pedro Maciel [MANUSCRITOS]
Antonio Carlos Secchin [POESIA EM QUESTÃO]
Ricardo Silvestrin
Júlia Hansen (Portugal) [MAIS QUE UM ARBUSTO]
Wilmar Silva
Steban Moore (Argentina)
Ricardo Aleixo [POESIA &]
Maurício Vasconcellos [CELULAR/CASSETE/ROMANCE]
João Antonio [ARQUIVIVO]
Luis Serguilha (Portugal)
Claudio Soares
Douglas Diegues [LITERATURAS SELBAGENS]
Antonio Cicero
Antonio Vicente Pietroforte [PALAVRA QUASE MURO]
Sylvio Back
Valério Oliveira
Andrea Del Fuego [MÍNIMA LUZ]
Juliano Garcia Pessanha
Lucia Santaella [MINIATURAS]
Reynaldo Damázio
Aquiles Alencar [IMPRESSÕES DIGITAIS]
Paulo César Carvalho
Sergio Medeiros


CONSELHO EDITORIAL

Antonio Miranda [Brasília]
Affonso Romano de Sant’Anna [Rio de Janeiro]
Ricardo Aleixo [Minas Gerais]
Lúcia Santaella [São Paulo]
Carlos Emílio C. Lima [Ceará]
Nelson de Oliveira [São Paulo]
Sylvio Back [Rio de Janeiro]
Reynaldo Damazio [São Paulo]
Nilson Oliveira [Belém do Pará]
Gonzalo Aguilar [Argentina]
Sergio Medeiros [Santa Catarina]
Floriano Martins [Ceará]
Claudio Willer [São Paulo]
Aquiles Alencar Brayner [Londres]
Adrienne Myrtes [São Paulo]
Ana Peluso (Adjacências) [São Paulo]
Virna Teixeira [Ceará/São Paulo]
Ramon Mello [Rio de Janeiro]



COLABORADORES CONFIRMADOS:

Michel Melamed
Augusto de Campos
Ivone Benedetti
Adriana Versiani
Claudio Daniel
Márcio-André
Ronald Augusto
Sergio Sant’Anna
Claudio Willer
Paulo de Toledo
Mayrant Gallo
Lau Siqueira
Linaldo Guedes
André Ricardo Aguiar
Micheliny Verunschk
Antonio Miranda
Mardônio França
Eduardo Jorge
Virna Teixeira
Marcelo Tápia
Ana Peluso
Adrienne Myrtes
Reynaldo Bessa
Luis Turiba
Fabio Oliveira Nunes
André Dick
Nilto Maciel
Horácio Costa
Marne Lúcio
Luiz Roberto Guedes
Denise Bottmann
Carlos Alberto Fonseca
Gustavo Felicíssimo
Antonio Naud Júnior
Amador Ribeiro Neto
Felipe Fortuna
Nicolau Saião (Portugal)
Ivan Antunes
Tavinho Paes
José Inácio Vieira de Melo
Dirce Waltrick do Amarante
Joana Ruas (Portugal)
Fabio Vieira
Floriano Martins
José Ángel Leyva (México)
Xico Sá
Fernando Ramos (editor do VAIA)
José Geraldo Neres
Marcelo Barbão

28 março 2011

MIÚDOS



                                                                     Dona Aranha

    Hoje eu tropecei pela primeira vez na dona aranha. É assim que meu pai a chama. Ele é muito respeitoso com as aranhas. Diz que elas são damas do reino animal e que algumas se tornam viúvas negras e alegres. Não entendi direito, mas rimos um bocado. Meu pai sempre me enche de pipoca pra que eu assista o filme do homem-aranha com ele. Eu tenho medo de aranha, pai, digo, mas ele não me ouve. Repara no uniforme dele, insiste.
    Realmente, a roupa do homem-aranha é bem bacana. Meu amiguinho José já foi com ela para a escolinha. Não queriam deixar ele entrar, pois só nas segundas-feiras é que podemos levar brinquedos. Levar brinquedos, mas não vir vestido de brinquedo. O José não entendeu, chorou, esperneou e acabou conseguindo, ficou o dia todo sendo o próprio homem-aranha. Se bem que no meio da tarde ele já estava todo molhado. Acho que ser o homem-aranha deve ser muito cansativo.
    Mas a aranha que eu esbarrei é menina e tem muitas perninhas. Eu pensava que elas tinham muitas perninhas pra piscar a gente mais vezes. Meu pai fez uma careta e disse “ah, picar, você quer dizer... mas não é bem assim”. As perninhas eram para se segurar e correr mais rápido. Assim como as baratas. Arrgh. Não vamos falar delas agora não, pai. Que nojo! Mamãe, o papai está falando de baratas!
    Ufa, meu pai mudou de assunto. Ele está dizendo que todos os miúdos têm algo muito precioso que é a vida. Hum... Miúdos é como ele chama tudo que é pequeno: bebês, plantinha, bichinhos e até eu que já não sou mais um bebê. Aliás, minha mãe perguntou outro dia se eu gostaria de ter um miudinho.  Ela queria dizer um irmãozinho. Ah, seria bom mais um miúdo nesta casa.
    Mas papai, a dona aranha tem outra coisa mais preciosa? Não sabe? É que eu acabei de esmagar aquele algo muito precioso da dona aranha. E todas as suas perninhas. Foi sem querer, papai! Ah, sem querer também é causa negativa? Que coisa chata.


[Primeiro conto de meu projeto de livro infantojuvenil, MIÚDOS.]

22 março 2011

BANZO




















carrego em meu lombo
várias máculas onomásticas

sou Zé, filho de Edward
um desterro sem quilombo
e sobre o nome
a Cruz

sou nenhum
mulato negro índio
      ninguém tingido d’água
salgada vindo

mesmo depois de liberto
sapatos a luzir
— inédita condição —
um ilhéu
que o destino não quis
soteropolitano

um grapiúna no sul-
maravilha quase
impecável
sem marcas
       cicatrizes
não ungido
sem excesso
       de melanina

algo assim próximo à matéria
alva que se tinge o mundo
visão última
dos que erram o alvo
e encontram
a morte


[foto: Pierre Verger]

16 março 2011

...O Portal do Dragão - Uma versão...


quando o torpor do sono vem
e o ser apaziguado fica

algo enfim desperta e bem
com o sonido d’água  precipita

e feito sonho dentro de um sonho
a imagem de um peixe nos habita

salta pra fora num dançar bisonho
alçando-se ao topo da queda entrevista

(mas não é tão simples para uma carpa
transformar-se em um dragão)

assim como as carpas buscam
o portal do dragão

assim como os poetas anseiam
enxergar na escuridão

assim como o plebeu almeja
algum dia ser barão

todos o seres ensejam
alcançar a iluminação

(mas não é tão simples para uma carpa
transformar-se em um dragão)

parece fácil como tocar harpa
como tatuar o sim na água do não

mas um canto grave como bordão
repete sempre o mesmo refrão

não desanimem, persistam
superem o limite do ego falastrão

pois ninguém escapa da morte
nem mesmo o grande dragão.


[Poema inspirado na parábola budista de mesmo nome. Confira.]

02 março 2011

Módulo Poema - Terracota

Ontem, foi o último encontro do curso Prática de Criação Literária-Módulo Poema, lá no espaço da Terracota Editora. Para finalizar o curso com chave de ouro, convidei dois poetas batutas e bem-falantes. Deram um show de erudição, humor e consciência poética. Valeu, Glauco Mattoso e Luiz Roberto Guedes.

Glauco Mattoso, Edson Cruz e Luiz Roberto Guedes

Edição do Jornal Dobrábil, de Glauco Mattoso

                                                              [fotos: Claudio Brites]