por Leopoldo Ponce e Edson Cruz
A voz do Serafim fala conosco nestes dias
Pesa sobre tudo, como um lenço retumbante
Planícies se abrem nas têmporas
O tempo não existe, só a experiência
E a imanência constante do fim de algo que não se
identifica
Que era até então chamado realidade.
De nada nos adiantou a visão privilegiada do
possível
O instante pesaroso do que era o real nos consome
Como se fôssemos meras ondas e/ou partículas
Devoradas pelos buracos negros espalhados
Por uma pele cósmica, eterna e insone.
[imagem: obra “Meteoro”, de Leopoldo Ponce]
Leopoldo Ponce, nasceu em 1976 em Quito, Equador. Vive em São Paulo desde 1991. Desde 1998 desenvolve práticas e investigações artísticas que partem de um interesse nas mútuas influências entre ser humano e habitat, numa tentativa de articular narrativas e rastrear indícios de uma mneme mítica, no acúmulo de derrelitos da vida cotidiana. Outras obras, aqui: http://retornodeutopia.tumblr.com
Obrigada por serem alento.
ResponderExcluirA arte que inspira, acalenta, inquieta e cura.
Beijos saudosos nos dois.
valeu, Cris.
ResponderExcluirTraduzir em palavras tão certeiras, estas sim identificáveis, nos faz acreditar na beleza do humano.
ResponderExcluirGratidão!
Muita beleza e Lucidez nessas palavras! Moveu e me afetou por aqui. Parabéns!!!
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