para o menino Thiago de Mello
é a hora do sono dos jacarés.
pálpebras pesadas se fecham
em sibilino ressonar
no mormaço.
o remanso
do poeta se aproxima.
no desaguar majestoso dos rios,
um borbulhar ressoa no espesso
cansaço e seu abraço.
em atávicos igarapés.
um gavião silva e sobressalta
o manso descanso do vate.
o silêncio envolve tudo
em seu arremate de asas.
em sua canoa de sonhos
pelas águas
negras do rio.
estrelas se refletem nas águas
e pirilampos
tremeluzem
em seus cabelos.
[Thiago em
sua casa preparando-me um copo de Mirantã]
Sublime
ResponderExcluirSimplesmente poesia! Parabéns!!!
ResponderExcluirDiálogo entre dois poetas! Palavras iluminam!
ResponderExcluirMerecedor de sublime poesia👏👏👏
ResponderExcluirPude ouvir os sons da floresta em meio as letras deste texto.
ResponderExcluirMuito bom! Parabéns!
O mundo precisa de mais poesia! Gratidão!
ResponderExcluirTocante... sinto!
ResponderExcluirElogiar? Que palavra pequena diante de um sentimento tão nobre e grandioso.
ResponderExcluirO título, Anoitecer na Floresta, foi de uma sensibilidade genial