carrego em meu
lombo
várias máculas
onomásticas.
sou Zé, filho de
Edward
um desterro sem
quilombo
e sobre o nome
a Cruz.
sou nenhum
mulato negro índio
sou ninguém
tingido d’água salgada
vindo.
mesmo depois de
liberto
com os sapatos a
luzir
um ilhéu
que o destino não
quis
soteropolitano.
um grapiúna no sul-
maravilha
quase impecável
sem marcas
cicatrizes
não ungido
sem excesso de melanina.
cicatrizes
não ungido
sem excesso de melanina.
algo assim próximo
à matéria
alva que se quer
tingir o mundo
visão última,
clarão
dos que erraram o
alvo
não tiveram sorte
e encontraram súbito
a própria morte.
[Baobás, Ilustração digital, 20x15 – 2020, de Alexandre Ignácio Alves. Confira mais de seu trabalho, aqui.]
Que lindeza de se ler.
ResponderExcluir❤
Edson, não sei o que dizer.
ResponderExcluiropa, Unknown, comece dizendo o seu nome. rs...
Excluirobrigado, pela leitura.
imagens cerzidas no mesmo naipe que meu queixo, tombando agora do rosto. Lindeza!
ResponderExcluirSei o que é!
ResponderExcluirLindo!