13 junho 2020

HASARD

















não há acaso no pós,
apenas o caos e seu abraço
a gerar inúmeros dados.
nenhum lance de sorte
é esperado.
não há chance. no way.
apenas o fado
e seu bailar desastrado.
o deslizar dos dados
no tabuleiro da vez.
o xeque-mate do enfado
e o desespero do rei.






Nota:
1) poema enviado (e não selecionado) ao Arte como Respiro: múltiplos editais de emergência do setor de cultura dos banqueiros do Itaú/Unibanco.

2) compartilho comentário do poeta Marcelo Ariel que reflete o que eu penso a respeito desses editais culturais de fome patrocinados por bancos e adjacências:

Não deveria perder meu tempo comentando isso mas não é bom que passe em b(r)anco: Se um banco que obteve um lucro líquido contábil de R$ 3,401 bilhões no primeiro trimestre de 2020, quisesse realmente criar um auxílio emergencial para as artes criaria uma linha de crédito de no mínimo trinta milhões de reais com abertura imediata de conta para subvenção a fundo perdido.O critério seria inclusivo para artistas desempregados e/ou com renda inferior a um ou dois salários mínimos impactados pela pandemia, obviamente isto seria em uma segunda fase extensivo para microempresas. (Pequenas editoras, sebos, revistas e fanzines culturais, pequenas gravadoras independentes, centros culturais em zonas de exclusão, livrarias alternativas e produtoras culturais em geral ) Essa medida iria atingir infinitamente mais pessoas do que um edital seletivo e exclusivo que no fundo é uma operação de divulgação de marca que utiliza menos de 0,02% da renda líquida do primeiro trimestre de 2020 do não referido banco. Obviamente participei e participo sem ilusão ou ressentimentos de todos os editais abertos , sei da importância deles, não somos otários mas os bancos pensam que somos.











2 comentários:

  1. Mais triste ainda é constatar que não existem ações em relação às artes e à cultura por parte desse (des)governo federal.
    Mas, por favor, poetas, artistas não se deixem abater. Continuem, pois precisamos de todos vocês!

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  2. ZÉ CARLOS FREYRIAjunho 13, 2020

    Para o SOCIAL só na LEI.

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