18 fevereiro 2009

Virna Teixeira à queima-roupa



1) O que é poesia para você?

Uma tensão entre linguagem, silêncio e música.

2) O que um iniciante no fazer poético deve perseguir e de que maneira?

Concentrar-se na sua verdade, na sua técnica, de forma autêntica. Deve informar-se, escolher boas leituras que lhe sirvam de exemplo, com as quais tenha afinidade. Exercitar-se constantemente, questionar o próprio trabalho.

3) Cite-nos 3 poetas e 3 textos referenciais para seu trabalho poético. Por que destas escolhas?

3 poetas: Lorine Niedecker, pela concisão e musicalidade (Lorine foi a Emily Dickinson da sua época), o escocês Edwin Morgan pela sua versatilidade e inventividade, e pelo seu trabalho extraordinário como tradutor e Ana Cristina César, pela audácia e criatividade – leio a Ana Cristina desde a década de 80 e sempre encontro referências novas no seu trabalho, surpreendentes.

3 livros: Destruição do pai/ reconstrução do pai, de Louise Bourgeois – um eterno aprendizado emocional e formal; Devil’s playground, da fotógrafa Nan Goldin – não me canso da força e da intensidade de suas imagens e qualquer texto de Gertrude Stein – pela forma que lida com a linguagem, por sua inteligência e ironia.



Virna Teixeira nasceu em Fortaleza em 1971, formou-se em Medicina pela UFC, com residência médica em Neurologia pela USP. Publicou Visita (2000) e Distância (2005) pela 7Letras e os livros de tradução Na Estação Central, uma seleção de poemas do escocês Edwin Morgan (Editora UnB, 2006), Ovelha Negra, uma antologia de poesia da Escócia (Lumme Editor, 2007), e Livro Universal, do poeta chileno Héctor Hernandez Montecinos, em parceria com Vanderley Mendonça (Demônio Negro, 2008). Tem dois livros publicados no exterior: Distancia (Lunarena Editorial, México, 2007) e Fin de Siècle (Editorial Universidad de La Plata, Argentina, 2007), Edita na internet o blog Papel de Rascunho: http://www.papelderascunho.net E-mail: virnagontei@yahoo.com.br

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