quando os helicópteros tomarem os céus
de assalto e não houver espaço para mais arranha-céus
arranharem a nervura dos pés de Júpiter
sairei pela Paulista nu e mijarei na vitrine de todas
as lojas de roupas masculinas
quando Hollywood invadir a tela
de meu micro e não houver mais tempo para que o ouvido
escute o soar das libélulas em cópula
me tornarei um vírus paraguaio e sedento a infectar
jovens virgens e sardentas
quando tudo que criamos der em nada
e meus sonhos mais malucos couberem num grão de chip Made in India
vestirei minha máscara de gonfotério e sairei
por aí a procurar alfaces cultivados em bacias d’água
tudo isso farei ao som de um mantra tão exótico
que a solidão dos seres vibrará em uníssono supersônico
e arrasará o que ainda restar de escombros e sonidos
Apreciado Edson: fue un placer traducir tu excelente libro y lo es siempre leer tu muy buena poesía. Un saludo muy especial desde Buenos Aires.
ResponderExcluirAtentamente,
Luis Benítez
Grato, Luis.
ResponderExcluirespero nos encontrarmos, breve, em Buenos Aires e tomar um café nos lugares que Borges frequentava...
abraço,
edson