tantos anos se arrastaram
já não me lembro de minha infância
será que a tive, ou foi um sonho?
tudo se resume a uma noite
noite de escolha e enfrentamento
ali, me fiz na solidão azul
do nascimento
“se não quer ir ao culto
que fique aí, sozinho!”
fiquei ali, e ainda estou...
em casa escura e sobressaltada
por sombras e faróis relampejando
abandonado de deuses e de afetos
não dormi, como não durmo agora
não fugi, como nem posso embora
ali, a vontade de meu eu se impôs
minha porção de dor se amarelou
já não me lembro de minha infância
será que a tive, ou foi um sonho?
tudo se resume a uma noite
noite de escolha e enfrentamento
ali, me fiz na solidão azul
do nascimento
“se não quer ir ao culto
que fique aí, sozinho!”
fiquei ali, e ainda estou...
em casa escura e sobressaltada
por sombras e faróis relampejando
abandonado de deuses e de afetos
não dormi, como não durmo agora
não fugi, como nem posso embora
ali, a vontade de meu eu se impôs
minha porção de dor se amarelou
permaneci na infinitude do possível
e assim abraço o totem
de vida que sutil me resta
na contingente luz verde que se revela
aceito humilde e resignado
o gentil açoite da morte que me espera.
Ilustração: Majane Silveira
Edson maravilha o Sambaquis, p�rola fina. Porreta mesmo. Aquele abra�o, Eduardo Calazans.
ResponderExcluirolá, Edson!
ResponderExcluirdei uma passadinha por aqui, só pra desejar tudo de ótimo pra você!
e viva Cronópios, Sambaquis, Clube da Esquina.
com um sol deste tamanho, se por acaso estiver chovendo. ou sim!
beijos,
eleuda
grande edson, quis sambar e vim ao sambaquis.
ResponderExcluirvoltarei sempre.
abrações